As experiências interativas estão se tornando cada vez mais populares, à medida que as tecnologias de realidade virtual (VR), realidade aumentada (AR) e inteligência artificial (IA) se tornam mais acessíveis. Em 2024, essas tecnologias continuarão a moldar a forma como interagimos com o conteúdo, o entretenimento e o mundo ao nosso redor.
Empresas estão, cada vez mais, usando experiências interativas para criar uma conexão mais profunda com seus clientes, visando aumentar a satisfação do público-alvo, melhorar a compreensão do produto ou serviço e gerar leads e vendas.
Para saber mais sobre o que esperar desse segmento, o Economia SC Drops conversou com Maycon Souza, CEO do Estúdio Lune, empresa de Blumenau especialista na criação de experiências interativas. Veja a seguir:
Quais as principais tendências em experiências interativas para este ano?
Maycon: Uma tendência que vem ganhando cada vez mais força, ainda mais depois dos lançamentos do Apple Vision Pro e do Meta Quest 3 é o que chamamos de XR, uma integração entre todas as realidades (Realidade Aumentada, Realidade Virtual e Realidade Mista). Com estes novos hardwares o leque de possibilidades, na demonstração de produtos, treinamentos e claro entretenimento, se ampliou muito, pois agora temos hardwares com alto grau de precisão e com valor mais “acessível”. E para quem gosta de experiências interativas físicas, por que não unir físico e digital? Através de componentes eletrônicos integrados com software pode ser criada uma infinidade de interações onde uma ação física dispara um evento digital, em telão ou similar, ou ao contrário, onde uma ação digital, através de tela de toque por exemplo, dispara uma resposta em componentes físicos.
Quais são os benefícios que as empresas podem obter ao investir em experiências interativas?
Maycon: O efeito viral é muito forte quando a experiência é bem feita, principalmente quando ela de alguma forma já estimula a criação de alguma lembrança e compartilhamento nas redes sociais. Além disso, é uma porta de entrada divertida para novos leads, seja adicionando uma captura de dados no início da interação, seja com o aumento de fluxo de curiosos em ver a experiência, que na abordagem podem se mostrar possíveis consumidores.
Como essas experiências podem impulsionar o envolvimento do público e a percepção da marca?
Maycon: Tudo começa com o posicionamento da empresa, na forma que ela se comunica com seu cliente, pois isso já vai trazer um tom de como a experiência deve ser entregue aos seus consumidores. Empresas com público jovem e comunicação dinâmica devem ter interações rápidas, que tragam a possibilidade de uma lembrança digital fácil de compartilhar nas redes sociais. Por outro lado, empresas que têm produtos mais tradicionais ou com público mais técnico, devem trazer experiências com navegação fluída e informações relevantes. A experiência interativa que traga essa bagagem da comunicação da empresa, e acrescente um fator uau com certeza aumentará o awareness da marca
Quais são os indicadores de sucesso que as empresas podem esperar ao investir nesse tipo de solução?
Maycon: É engraçado que um dos fatores mais almejados é uma faca de 2 gumes, a quantidade de usos da interação. Digo isso pois, se uma empresa que vai a um evento e não se prepara para ter um grande número de pessoas, pode ter um problema de superlotação e com isso pessoas vão passar ao longe sem entender o que está acontecendo, fazendo com que se perca leads. Por isso é importante uma equipe de atendimento bem treinada para organizar os visitantes e já fazer a abordagem comercial. Por outro lado, às vezes a pessoa tem uma interação muito legal, mas a coloca muito escondida ou não a divulga corretamente, fazendo com que o número de interações seja bem reduzido. Atualmente na maioria dos eventos a captura de mailing é feita diretamente pelo sistema do evento, por isso não é mais tão comum termos cadastros antes da interação, fazendo com que a métrica mais vista seja realmente o engajamento, seja nas redes sociais, ou fisicamente com pessoas fazendo a experiência e depois trazendo amigos que estão no mesmo evento. Aqui deixo outra dica para atração de visitantes, fazer sua experiência interativa com cenografia instagramável. Já vi muitas empresas simplesmente colocando uma TV em uma parede lisa do estande e “esquecendo” ela lá, sem comunicação visual, etc. Ambientar a experiência traz um diferencial muito grande.
Como foi o último ano para o Estúdio Lune no contexto das interações criativas? Qual o balanço de 2023?
Maycon: No ano passado conseguimos realizar projetos muito legais que trazem um pouco de tudo que comentei aqui:
- Desenvolvemos 6 experiências interativas para o Museu Interativo Brasil Alemanha, localizado em Pomerode, SC. Lá temos interações com telas de toques, integração entre hardware e software, realidade virtual e até mesmo sensores de movimentos.
- Criamos uma experiência para o Museu do SESC Florianópolis, um ajudante virtual que pode ser acessado via QRCode, sem a necessidade de download de nenhum aplicativo extra. Este ajudante, um robozinho bem simpático, traz informações sobre as instalações do Museu.
- Indo na linha de interação entre físico e digital, criamos 3 interações para a Loja da Olho Embutidos: um fliperama com jogo exclusivo com o personagem Porcolho, e 2 outras interações onde fizemos integração com leds, telas de toque, imãs e sensores.
Além disso, tivemos entrega de diversas ações para feiras para clientes como, Portobello, Fundação Fritz Muller, Provital, Rock World com app para o The Town, entre outros.
Quais os próximos passos para este ano?
Maycon: Já iniciamos o ano com alguns projetos importantes sendo finalizados, e outros iniciando, então sabemos que o ano será agitado! Nosso foco é, e sempre será, continuar entregando as melhores experiências interativas. Até por isso seguidos a frase de Walt Disney: “Se você pode sonhar, você pode fazer”. E para ajudar as empresas a alcançar o que sonham, em breve anunciaremos um novo produto do Estúdio Lune unindo toda nossa expertise em experiências interativas.
