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O que as empresas precisam para manter a competitividade

Foto: divulgação.

Em um cenário global cada vez mais competitivo, as empresas precisam estar preparadas para se adaptar às novas tendências e exigências do mercado. Para manter a competitividade em 2024, as organizações devem investir em inovação, tecnologia e sustentabilidade.

O Economia SC Drops conversou com o advogado Aurélio Miguel Bowens da Silva, mestre em Direito Empresarial e Cidadania e sócio do escritório Aurélio Miguel & Novais Advogados Associados, para saber mais sobre as tendências do mundo corporativo e como as empresas devem se adequar para manter sua relevância aos olhos do consumidor e de investidores. Confira abaixo:

Quais são as principais tendências ESG e como as empresas devem se adaptar?

Aurélio: As tendências ESG (ambientais, sociais e de governança) estão se tornando cada vez mais importantes para as empresas. Os consumidores, investidores e reguladores estão exigindo que as empresas atuem de maneira responsável e sustentável.

As principais tendências ESG para 2024 incluem:

  • Clima: A mudança climática é uma das principais preocupações dos consumidores e investidores. As empresas precisam tomar medidas para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa e se adaptar aos efeitos das mudanças climáticas.
  • Diversidade, equidade e inclusão (DE&I): A DE&I é outra tendência importante. Os consumidores e investidores querem apoiar empresas que sejam inclusivas e promovam a equidade.
  • Cadeia de suprimentos: Os consumidores e investidores estão cada vez mais preocupados com a sustentabilidade das cadeias de suprimentos. As empresas precisam garantir que seus fornecedores operem de maneira sustentável.

As empresas devem se adaptar a essas tendências ESG de várias maneiras. Uma delas é desenvolver uma estratégia ESG clara que defina seus objetivos e metas. Outra forma é medir seu desempenho ESG e divulgá-lo de forma transparente. As empresas também devem investir em práticas ESG e monitorar seu progresso.  Já podemos perceber grandes movimentos no mercado nesse sentido, como maior busca e investimento em energia renovável, eficiência energética e redução de resíduos; e maior preocupação na criação e implementação de políticas e programas que apoiem a diversidade, a equidade e a inclusão. As empresas que se adaptarem às tendências ESG estarão bem posicionadas para o futuro, assegurando um destaque competitivo e possibilidades em atrair mais investidores e consumidores.

Quais são os desafios legais emergentes relacionados à proteção de dados e privacidade com o avanço das tecnologias?

Aurélio: O avanço das tecnologias, como a inteligência artificial (IA), a internet das coisas (IoT) e a computação em nuvem, está criando novos desafios legais relacionados à proteção de dados e privacidade. Esses desafios incluem a coleta e o uso de dados pessoais, a privacidade no ambiente digital e os ataques cibernéticos. Para abordar esses desafios, é necessário um esforço coordenado entre governos, empresas e indivíduos. Os governos precisam promulgar leis e regulamentos que protejam os dados pessoais e a privacidade. As empresas precisam adotar práticas de proteção de dados e privacidade que sejam consistentes com as leis e regulamentos aplicáveis. E os indivíduos precisam estar cientes de seus direitos de privacidade e tomar medidas para proteger suas informações pessoais.

Quais são as tendências em termos de legislação trabalhista que as empresas devem observar em 2024?

Aurélio: A legislação trabalhista brasileira é complexa e está sempre em constante mudança. É importante que as empresas estejam atentas às novas leis e alterações que podem impactar as operações. Questões como negociações com sindicatos e contribuições sindicais, carga horária (especialmente sobre expediente aos domingos e feriados), trabalhos freelancer, lei do estagiário e outros pontos importantes merecem atenção e adaptação ágil para evitar dores de cabeça.

Como treinamentos corporativos podem ajudar empresas a alcançarem esses objetivos?

Aurélio: Em um ambiente dinâmico e competitivo como o atual, as organizações buscam constantemente formas de se diferenciar e se destacar da concorrência. Nesse contexto, os treinamentos corporativos assumem um papel fundamental, pois podem contribuir significativamente para o alcance dos objetivos organizacionais. Os treinamentos corporativos podem ser definidos como um processo sistemático de desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que visam melhorar o desempenho dos funcionários. Eles podem ser realizados de diversas formas, como cursos presenciais, cursos online, treinamentos on-the-job, etc. Os treinamentos corporativos podem contribuir para o alcance dos objetivos organizacionais de diversas maneiras, dentre as quais se destacam melhoria na produtividade, inovação, adoção de novas tecnologias, promoção da DE&I e melhoria da sustentabilidade. Além disso, treinamentos corporativos podem ajudar empresas a construir governança sólida, educando sobre princípios, desenvolvendo habilidades e promovendo conscientização sobre riscos.

Como a terceirização de treinamentos pode ajudar na percepção de empresas sobre as questões acima?

Aurélio: Um olhar externo proporciona uma objetividade crucial. Ao terceirizar treinamentos, abrimos as portas para uma avaliação imparcial dos processos internos, possibilitando a identificação assertiva de lacunas e áreas de aprimoramento. A neutralidade inerente ao parceiro externo é como um bisturi afiado, expondo verdadeiros diagnósticos para um crescimento estratégico. Por mais competente que seja o departamento jurídico interno, a repetição pode levar à complacência. Uma visão fresca, alinhada às melhores práticas do mercado, é essencial para identificar riscos e garantir a conformidade legal. A terceirização de treinamentos torna-se, assim, um aliado na manutenção de uma cultura organizacional jurídica resiliente. O cenário empresarial evolui incessantemente, e a agilidade na adaptação é imperativa. Recorrer a especialistas externos em treinamento oferece a flexibilidade necessária para acompanhar as mudanças legislativas e as demandas do mercado, garantindo que sua equipe jurídica esteja sempre na vanguarda. Terceirizar treinamentos não é uma substituição, mas uma colaboração sinérgica com o departamento jurídico interno. Essa abordagem, em vez de minar a expertise interna, fortalece-a, permitindo que ambos trabalhem em harmonia na busca constante pela excelência jurídica.

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