A partir de agora, a Linguiça Blumenau é, oficialmente, um ativo territorial exclusivo e oficial da região do Vale e Alto Vale do Itajaí.
Isso porque o produto acaba de receber o registro de Indicação Geográfica (IG), um selo atribuído a produtos ou serviços que carregam características do seu local de origem, reputação, valor e identidade próprios, que o diferenciam em relação a seus similares disponíveis no mercado.
O anúncio foi feito pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O pedido teve início em 2019, quando um grupo de empreendedores da região se interessou pelo tema e percebeu a importância de proteger e valorizar a receita produzida aqui.
Todo processo metodológico de construção do dossiê para encaminhamento foi conduzido pelo Sebrae/SC.
“Ter o registro de Indicação Geográfica reforça a identidade e o vínculo do produto com o território. No caso da Linguiça Blumenau, há ainda a preservação e a proteção da receita original, que faz parte da história e do dia a dia da comunidade do Vale e Alto Vale catarinense. Por mais que no mundo inteiro se produzam linguiças, essa receita em questão é exclusiva da região oficial da IG, que engloba 16 municípios do estado. É um diferencial, que beneficia diretamente indústria e produtores, e, indiretamente, empreendedores de vários segmentos, como turismo e gastronomia”, explica Alan Claumann, gerente de Desenvolvimento Territorial do Sebrae/SC.
A solicitação partiu da Associação das Indústrias Produtoras de Linguiça Blumenau (ALBLU), a requerente do registro.
“Nossa maior conquista foi a união das indústrias produtoras e, por meio desse trabalho conjunto, vamos fazer valer o cumprimento das regras de uso da Indicação Geográfica, seguindo todas as determinações da norma regulamentadora da Cidasc – Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina. Nosso produto é diferenciado, feito com carne nobre e agora terá o respeito que realmente merece”, ressalta João Rodrigues de Souza Júnior, presidente da entidade.
Também estiveram envolvidas no processo a Cidasc, a Secretaria de Estado da Agricultura e as prefeituras de Blumenau, Gaspar, Indaial, Pomerode e Timbó.