Segundo diversos analistas e futuristas, estamos entrando em um novo superciclo de desenvolvimento tecnológico.
Um superciclo que se sustentará em 3 grandes bases tecnológicas:
- Inteligência Artificial
- Biotecnologia
- Ecossistemas de dispositivos conectados
O superciclo anterior nos trouxe os computadores pessoais, a internet, os smartphones, e foi focado nas tecnologias de comunicação. O novo superciclo vai ser focado nas tecnologias cognitivas, que podem levar a humanidade a um novo patamar de evolução.
A IA é uma Tecnologia de Propósito Geral, como a eletricidade, e vai permear grande parte das atividades humanas a partir de agora. E ela já está se tornando cada vez mais presente em nossas vidas, desde assistentes virtuais até sistemas de aprendizado profundo. Ela moldará a maneira como trabalhamos, nos comunicamos e tomamos decisões. E estamos vendo uma aceleração do poder computacional dos modelos de Inteligência Artificial. A capacidade de processamento já está se multiplicando mais de 10x por ano, e novos chips e sistemas de processamento da NVidia, Microsoft, Google, Meta, Apple e IBM mostram que essa capacidade só vai aumentar nos próximos anos.
Na Biotecnologia, avanços como edição genética e terapias personalizadas, têm o potencial de revolucionar a medicina, a agricultura e a indústria alimentícia.
E na convergência entre IA e biotecnologia pode estar a solução para muitos dos problemas de saúde da humanidade. Já vimos o projeto AlphaFold prevendo o formato de praticamente todas as cadeias de proteínas, o que vai ajudar a criar muitos remédios no futuro.
Novos assistentes digitais começam a surgir, mas ainda estamos em uma fase de tentativa e erro, para criar a próxima geração de dispositivos.
O ecossistema de dispositivos conectados vai se multiplicar nos próximos anos, indo além da indústria 4.0 por um lado e, do outro, podendo chegar a implantes cerebrais conectados à internet.
Uma miríade de dispositivos, que estão sendo criados para conectar ainda mais todos em rede, podem ajudar a melhorar a vida das pessoas, desde que realmente tenham esse propósito. Há uma preocupação de que, no nível humano, esses dispositivos podem criar mais problemas do que soluções. Ética e responsabilidade tem que estar no radar sempre.
Para os empreendedores brasileiros, há uma grande onda de oportunidades. Temos que agir de forma estratégica para não sermos apenas consumidores de tecnologias estrangeiras, e sim desenvolvermos soluções integradas no nosso país.
O Brasil tem potencial para desenvolver tecnologia em cada uma das áreas desse novo superciclo. Ainda há tempo.
Investimento e pesquisa básica, integração das empresas com a academia, disseminação de melhores práticas e mentalidade de atuação global são fundamentais para realizar esse potencial. Sem Oba Oba, e sim com foco em resultados.
Assim poderemos ter um superciclo tecnológico com o Brasil como protagonista.