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Beorange cria IA para descomplicar a contabilidade das empresas

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Foto: divulgação.

A Beorange, startup curitibana de inteligência administrativa, lançou oficialmente sua plataforma de contabilidade digital com inteligência artificial, a Aya.

A CEO da empresa, Myle Pontes, explica que a novidade está em sua primeira versão e foi criada para automatizar processos contábeis, financeiros e fiscais, poupando tempo e esforço:

Hoje, os sistemas de gestão contábil e administrativa que dominam o mercado necessitam que a alimentação dos dados seja feita por pessoas. Nosso objetivo é que quem alimente seja a nossa inteligência. No financeiro, ela será responsável por toda a parte de inclusão de pagamento, gestão de contas a receber, cobrança, vinculação de pagamentos, isso independente de quantas contas tiver, de quais softwares usar”.

Outras funcionalidades da Aya são, ainda no financeiro, o mapeamento de cobrança, com busca por DDA (Débito Direto Autorizado). No fiscal, gestão acessível de impostos com fechamento de guias e monitoramento de tributos. E na área de recursos humanos (RH), a solução vai facilitar a admissão de novos funcionários, demissão, gestão de férias e gestão de folha. 

Queremos trazer uma mudança de cultura dentro da contabilidade, que é ter um viés mais assertivo com uma demonstração financeira mais condizente com a realidade, evitando passivos e trazendo um compliance melhor para a empresa”, complementa.

A empreendedora criou a Beorange com a visão de revolucionar o mercado administrativo, tornando acessíveis soluções de automação e gestão eficiente para empresas de tecnologia e outras startups. 

Com a Aya, a empresa integra o propósito de um futuro onde tecnologia e inovação são acessíveis a todos. Ao simplificar e automatizar processos administrativos complexos, a solução possibilita que empresas de todos os tamanhos operem de forma mais eficiente e assertiva. 

HISTÓRIA

Contadora de formação, Myle se especializou em contabilidade internacional e, com isso, somou passagens por grandes consultorias globais como Grant Thornton, Deloitte e Ernst & Young. A experiência com contabilidade internacional, em suas especificidades nacionais, veio em meados de 2020, quando passou a trabalhar em um escritório no Brasil.

O choque cultural, ela conta, foi imediato. Myle percebeu que havia ali um grande ruído nas rotinas administrativas, já que empresas brasileiras possuíam pouco (ou nenhum) conhecimento e responsabilidade fiscal em relação aos seus tributos. 

Percebi que o cenário aqui era muito diferente. Via uma contabilidade ao avesso, e que não fazia sentido. Os gestores não entendiam nada sobre os relatórios e balanços financeiros, e também não tinham interesse em entender”, lembra.

O primeiro contato com o universo das startups surgiu logo depois, ao migrar para uma Venture Builder. Na rotina, estavam extensos processos de Due Diligence para startups, processo que tem como finalidade preparar essas empresas para receber investimentos externos. 

Lembro de ter analisado 30 startups e reprovar 29. O cenário era o mesmo dos escritórios de contabilidade: fundadores, gestores e líderes não entendiam nada sobre finanças. Alguns se quer entendiam o conceito de fluxo de caixa”, conta.

Foi observando a dificuldade de startups e empresas de diferentes portes em manter as contas em dia que ela teve a inspiração para fundar sua própria empresa, um escritório de contabilidade. 

Dois anos depois, o negócio deu lugar à Beorange, que a princípio começou como uma prestadora de serviços contábeis, mas logo passou a incorporar outras rotinas administrativas terceirizando toda a parte fiscal, tributária, financeira, fiscal e societária.

Segundo ela, um dos diferenciais da Beorange está no foco em startups e empresas de tecnologia, alvos recorrentes de investidores e que, por isso, demandam inteligência financeira e societária, além de um atendimento consultivo e diagnóstico. 

Muitos escritórios de contabilidade não têm esse perfil consultivo. Eles se limitam a planilhas e papéis. Esse também é nosso diferencial. Ajudamos as empresas a estarem prontas e aptas a receber captações”, ressalta.

Atualmente, a empresa conta com 15 pessoas na equipe e mais de 100 clientes. Além disso, recentemente um investimento pré-seed WIM Angels (Women Investment Movement), rede voltada a empresas fundadas por mulheres, além de outros investidores. 

O processo para o aporte, concluído em meados de março, durou seis meses. Myle conta que, para a Beorange, concluir uma captação junto a um fundo totalmente feminino foi vital, tendo em vista alguns desafios de gênero no universo das startups.

Com o aporte feito a partir de um valuation de R$10 milhões, a empresa pretende refinar ainda mais sua plataforma de IA, adicionando novas versões que serão disponibilizadas no mercado nos próximos meses. Até o final do ano, a meta é chegar a 300 clientes

Não queremos ser apenas mais um. Somos, hoje, a empresa com o melhor processo de automação administrativa do mercado, e assim nos apresentamos e continuaremos crescendo”,conclui.

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