A ENGIE Brasil Energia, com sede em Florianópolis, registrou lucro líquido ajustado de R$ 793 milhões, 10,1% abaixo do reportado no comparativo com o mesmo período do ano passado.
A queda foi resultante da venda da Usina Termelétrica Pampa Sul, também no ano passado, e da alienação parcial da participação na Transportadora Associada de Gás, em janeiro desse ano. O Ebitda ajustado foi de R$ 1,8 bilhão, redução de 12,1% na comparação.
A ausência dos contratos do ambiente regulado vinculados à UTE Pampa Sul, com preço acima da média no portfólio, bem como a consequente redução da quantidade de energia vendida, impactaram também a receita operacional líquida, que neste primeiro trimestre foi de R$ 2,6 bilhões, queda de 10,4% frente ao mesmo período do ano anterior.
Para manter a solidez dos resultados, além de investir em novos empreendimentos de energia renovável, a empresa também concretizou um marco de crescimento com a aquisição de ativos com energia já contratada.
“A ENGIE Brasil Energia vem recompondo o seu portfólio ao longo dos últimos anos com foco em geração renovável e infraestrutura de transmissão. Demos mais um passo neste sentido ao concluirmos, em 6 de março, a aquisição dos Conjuntos Fotovoltaicos Juazeiro, São Pedro, Sol do Futuro, Sertão Solar e Lar do Sol, altamente contratados no longo prazo a preços superiores à média do portfólio da companhia”, destaca Eduardo Sattamini, diretor-presidente da ENGIE Brasil Energia.
Com a evolução da abertura do Mercado Livre de Energia, também continuou a fortalecer sua presença junto a empresas de diferentes portes em todas as regiões do país. No comparativo com o mesmo período do ano anterior, a quantidade de consumidores livres aumentou 46,9%, capturando novos entrantes.
INVESTIMENTOS
Durante o primeiro trismestre, foram registrados importantes avanços na implantação de ativos no Nordeste do Brasil, que totalizam 2 GW de energia renovável. O Conjunto Eólico Santo Agostinho (434 MW) chegou à marca de 99,6% no progresso geral da obra.
A conclusão da implantação deve acontecer ainda no segundo trimestre. Com isso, a empresa chega a 9.008,2 MW de capacidade instalada, operando um parque gerador de 10.718,0 MW, composto por 99 usinas, sendo 11 hidrelétricas e 88 complementares.
“Em um dos setores mais relevantes para os desafios atuais da sociedade, seguimos atuando com responsabilidade, firmes no compromisso de crescimento, sempre respaldados pelo equilíbrio entre a capacidade de execução dos projetos e a nossa disciplina financeira. A energia renovável e acessível é fator preponderante para um futuro mais sustentável, possibilitando que o combate às mudanças climáticas seja cada vez mais efetivo e o processo de transformação em andamento seja inclusivo, sem deixar ninguém para trás”, celebra.
Somados os valores pagos em aquisições de participações societárias, em construções de novos projetos e, ainda, em manutenção, revitalização e modernização do parque gerador, os investimentos da no período foram de R$ 3,7 bilhões.