A economia de Santa Catarina cresceu 3% de janeiro a março em comparação com o período do ano passado, de acordo com o indicador de desempenho econômico medido pelo Banco Central (IBC-BR), superando a média nacional do período, que foi de 1%.
O indicador, considerado uma prévia do PIB, subiu 2,7% no acumulado dos últimos 12 meses no estado, também acima da média nacional do período, que foi de 1,7%.
Na avaliação do Observatório FIESC, o desempenho da atividade econômica catarinense foi influenciado por dois principais fatores: a demanda interna aquecida e também o aumento de exportações em setores relevantes para a economia do estado.
“As melhores condições de crédito decorrentes do recuo da taxa básica de juros e o mercado de trabalho aquecido têm sustentado o consumo das famílias, com reflexos em setores ligados a bens de consumo duráveis, bens de capital e bens intermediários. Isso explica o crescimento de 3,5% da atividade econômica da indústria catarinense no primeiro trimestre”, explica o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar.
No mesmo período, a atividade econômica do comércio ampliado avançou 4,1% e o setor de serviços teve alta de 5,9%.
CONSUMO EM ALTA
Neste contexto, a venda de eletrodomésticos, que subiu 9,5% no período analisado, refletiu também na produção de equipamentos elétricos, que avançou 12,9% no primeiro trimestre.
“A indústria de máquinas e equipamentos cresceu 6,8% e, seguindo a mesma lógica, o comércio de equipamentos e materiais para escritório avançou 10,6%”, explica Camila Morais, economista do Observatório FIESC.
A alta nas vendas de automóveis, de 7,1%, acabou refletindo num aumento na fabricação de veículos de 2,4% para atender a demanda.
Também motivado pelo elevado índice de consumo das famílias, o comércio de artigos farmacêuticos e de perfumaria cresceu 11,8%, bem como o de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que teve alta de 8,2% no primeiro trimestre. Reflexos também nas vendas de hipermercados e supermercados, que aumentaram 4,7% no período.
A geração de empregos em alta no estado também tem motivado o incremento dos serviços, especialmente aqueles prestados às famílias, que subiu 4,9%.
“O dinamismo no mercado de trabalho também vem estimulando a atividade econômica do segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares, que mostrou incremento de 9,4% no acumulado dos três primeiros meses do ano”, avalia.