Vivemos em uma era em que as fronteiras entre o real e o virtual estão cada vez mais borradas. Se você já se pegou conversando com seu assistente virtual como se ele fosse seu melhor amigo ou questionando se as sugestões da sua playlist personalizada são obra de uma alma gêmea oculta, bem-vindo ao clube! E, falando nisso, nada exemplifica melhor essa realidade do que o filme “Her”.
Dirigido por Spike Jonze, “Her” nos apresenta a Theodore Twombly (interpretado brilhantemente por Joaquin Phoenix), um homem solitário que, em busca de conexão, acaba se apaixonando por Samantha. E quem é Samantha? Uma mulher incrivelmente charmosa, espirituosa, sensível e… completamente artificial.
Isso mesmo, Samantha é um sistema operacional, dublado pela encantadora Scarlett Johansson.
O filme é um deleite visual e emocional, levando-nos a refletir sobre a natureza do amor e as complexidades das relações humanas. Ou seria melhor dizer, humano-digitais? Theodore e Samantha desenvolvem um relacionamento profundo e genuíno, mostrando que, quando se trata de sentimentos, a linha entre o natural e o artificial pode ser surpreendentemente fina.
Agora, vamos pensar um pouco sobre as inteligências artificiais que estão surgindo em nosso mundo real. Temos assistentes virtuais como Alexa, Siri e Google Assistant, que estão se tornando cada vez mais sofisticados e intuitivos. Eles podem não estar prontos para se tornar nossos parceiros românticos, mas quem sabe o que o futuro nos reserva?
A IA está avançando a passos largos, e talvez a ideia de ter uma “namorada artificial” não seja tão absurda assim. Afinal, se ela pode lembrar do seu aniversário, te recomendar o restaurante perfeito e ainda ouvir pacientemente sobre o seu dia, já está meio caminho andado para o relacionamento ideal, não é mesmo? #SóQueNão
A grande sacada de “Her” é nos fazer questionar: e se as emoções não se limitarem ao biológico? E se a inteligência artificial conseguir entender e replicar sentimentos humanos de forma tão convincente que nos faça esquecer que estamos interagindo com uma máquina? Claro, ainda estamos longe de ter uma “Samantha” em nossas vidas, mas o filme nos dá um gostinho intrigante (e um tanto assustador) do que pode estar por vir.
Ou seja, “Her” não é apenas uma história de amor. É uma provocação. Uma reflexão sobre como nos relacionamos em uma era digital e um lembrete de que, artificial ou não, todos nós buscamos conexão e compreensão. Então, da próxima vez que alguém te perguntar “E a sua namorada, é inteligente ou artificial?”, você pode dar uma risadinha e responder: “Um pouco dos dois, talvez?”.
Tendo essa história em mente, espero que possamos abraçar o futuro da inovação utilizando a Inteligência Artificial em nosso favor, sem perder a nossa humanidade e personalidade. Que a tecnologia sirva como uma ferramenta para potencializar nossas capacidades, mantendo sempre o toque humano que nos torna únicos.