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Como a inovação está transformando a experiência de hóspedes em hotéis de luxo

Foto: divulgação.

O comportamento do viajante brasileiro está mudando, conforme apontado pelo Ministério do Turismo. Uma macrotendência emergente é a busca por viagens ultra personalizadas, onde a experiência é cuidadosamente adaptada às expectativas individuais do turista.

Entre as novas preferências estão passeios exclusivos em locais fora das rotas comuns, observação astronômica, roteiros personalizados de barco, jantares customizados em ambientes únicos como ao pé de montanhas ou próximas a cachoeiras, safaris para observação da fauna e flora, além de experiências de bem-estar e turismo cultural em pequenos grupos ou individualmente.

Uma tendência permanente no turismo de luxo, observada pelo MTur, é a conciliação das viagens com experiências exclusivas, redefinindo o conceito de luxo. O turista deseja atenção aos detalhes e sobre se sentir cuidado.

Para entender mais desse comportamento e de como a inovação tem ajudado o setor a se adequar às novas demandas, o Economia SC Drops conversou com Diego Tulio, sócio-fundador do Villa do Vale Boutique Hotel, eleito o segundo melhor de luxo do país. Confira abaixo:

Qual é a importância da inovação no setor hoteleiro atualmente?

Diego: Creio que quando se fala em inovação, a primeira coisa que vem em mente é tecnologia. Porém, no mercado hoteleiro, há muitos outros aspectos onde se pode e deve inovar. Hotelaria é um mundo à parte, aberto 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por anos, com diversos setores como gastronomia, coquetelaria, governança, manutenção, concierge e sempre é tempo de estar revisitando processos, produtos e serviços para aprimorar a jornada de experiência dos clientes.

Como a tecnologia está mudando a experiência dos hóspedes em hotéis de luxo?

Diego: A tecnologia auxilia o hóspede em diversos momentos de sua estada, e até mesmo antes disso. Vai desde o primeiro contato com o hotel, com respostas e soluções rápidas quando surge o desejo pelo empreendimento. Posteriormente, com formulários que enviamos para poder saber o máximo de informações para personalização da hospedagem, um dos pontos marcantes do Villa do Vale. Já no hotel, apps, QR codes e outras funcionalidades ajudam no momento de tomar decisões, conhecer o portfólio de produto e serviços e realizar pedidos. Sem contar os streamings que tornam a hospedagem muito mais divertida e interativa.

O que os viajantes brasileiros mais buscam quando escolhem um hotel de luxo?

Diego: Depende muito do que se procura. Por ser um tipo de negócio da “velha economia”, dependente de uma entrega “física”, fatores como estações do ano e localização afetam diretamente a escolha do viajante. Cabe destacar também que luxo é um conceito que varia muito de acordo com o gosto de cada um. Há quem prefira meios de hospedagem repletos de detalhes em meios urbanos. Outros que preferem hotéis com um luxo mais “descolado” em lugares inóspitos. No entanto, independente dessas circunstâncias, creio que há dois fatores decisivos na escolha de um hotel de luxo: serviço e atendimento de qualidade aliado a uma boa gastronomia.

Como você vê o crescimento do mercado de hospitalidade no Brasil nos próximos anos?

Diego: Ainda há espaço para muito crescimento, em meu ponto de vista. O turismo como um todo representa 7,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, movimentando anualmente R$ 752,3 bilhões na economia e gera aproximadamente oito milhões de postos de trabalho no país, representando a segunda atividade que mais emprega, atrás apenas da construção civil. Um modelo que cresceu e tende a continuar crescendo muito no Brasil é o de multipropriedade, onde se faz a venda fracionada de um imóvel de lazer localizado em um destino turístico.

Quais são as tendências emergentes na hospitalidade de luxo que você acredita que vão dominar o mercado nos próximos anos?

Diego: Sem dúvida alguma, é o mercado da economia da experiência. Não basta mais apenas um imóvel luxuoso, um quarto maravilhoso, se você não conseguir gerar experiências genuínas e autênticas para seu hóspede. Todo ser humano é carente por natureza e gosta de ser mimado, acolhido. Se a hotelaria tradicional não se adaptar à era digital, repleta de informações que se propagam em um piscar de olhos, certamente irá perder espaço para outros meios e modelos de hospedagem.

Quais os próximos passos do Hotel Villa do Vale? Há algum projeto em desenvolvimento atualmente?

Diego: Creio que o maior desafio do momento seja manter e aprimorar a qualidade de nossos serviços e perpetuar nossa cultura única de encantamento ao cliente. O fato de termos ganhado o prêmio de 2º melhor hotel de luxo do Brasil e da América Latina pelo Travellers Choice em 2023 aumenta a régua de cada cliente que passa por aqui e todo detalhe pode fazer toda a diferença. Temos um projeto aprovado para dobrar o tamanho do hotel de 20 para 40 quartos, mas, um passo de cada vez.

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