Em Laguna, a multinacional Eikto, uma das maiores atuantes internacionais no setor de baterias de lítio, investiu aproximadamente R$ 20 milhões ano passado para sua instalação, comercialização e linha de montagem em Santa Catarina.
Agora, acaba de anunciar a aprovação de uma segunda rodada de investimentos ainda maior: serão mais de R$ 50 milhões para ampliar a sua instalação com foco em exportação, o que irá gerar uma média de 100 empregos diretos e indiretos para a região, alavancando o desenvolvimento local, conforme informou o diretor comercial da Eikto no Brasil, Mauricio Borba.
A empresa está presente em 44 países. Tem como foco, na sua produção, atender as necessidades náuticas, de telecomunicações ou de equipamentos de movimentação de materiais.
“Os produtos fabricados em Laguna serão destinados aos segmentos de empilhadeiras”, destaca.
De acordo com o plano de negócios, o projeto total terá valor de R$ 120 milhões, incluindo investimentos com maquinário, insumos, equipamentos, instalações, obras civis, infraestrutura, mobiliário, tecnologia e capital de giro.
“Hoje, já possuímos valor integralizado de capital social através da empresa matriz de R$ 11.120 milhões, estando o valor de R$ 2.435.506,68 como adiantamento de capital social a integralizar”, especificou a representante da empresa no Brasil“, Melina Fechine.
A especialista explicou que o plano consiste na implantação da linha de montagem de baterias com maquinário da melhor tecnologia do mercado global, desde máquina de solda, dobradeira, até máquina de corte a laser e de teste de baterias.
“Na instalação da fábrica de bateria de íon de lítio haverá redução de custos, como os de importação, para melhor atender potenciais clientes brasileiros, são eles fabricantes de empilhadeiras, revendedores, empresas de locação de máquinas, empresas de logística e empresas voltadas à energia e energia solar”, complementa.
O mercado de empilhadeiras engloba, segundo ela, as de combustão interna (CI) e elétricas (chumbo e lítio):
“Entre as elétricas, a maioria das baterias eram de chumbo ácido antes de entrarmos no mercado brasileiro, e estamos promovendo a substituição para baterias de lítio. Nossa presença no Brasil está facilitando essa mudança no mercado entre empilhadeiras elétricas e baterias de lítio, aliando também as empresas de fabricação de empilhadeiras locais, que estão se tornando mais fortes quando se juntam a nós contra as empilhadeiras com baterias de íon de lítio importadas. O total de vendas anuais de novas empilhadeiras no Brasil é de atualmente 30 mil unidades”.