Sabe qual é a próxima grande onda de consumo que vai dominar o mercado? A geração ALFA. Sim, as crianças que nasceram a partir de 2010.
Elas já nasceram ligadas na internet, tiveram todos os seus desejos realizados pelos pais, na maioria pais tardios millennials, são super exigentes e vão trazer todo esse poder para o mercado.
Na verdade já estão trazendo, e deixando de cabelo em pé os profissionais de marketing que tentam se comunicar com esse público.
Porque a mudança de comportamento é gigantesca quando a criança é acostumada a interagir com dispositivos desde a primeira infância.
Para termos uma ideia, no Brasil, 44% das crianças até 12 anos já têm seu próprio smartphone, ficando conectadas, em média, 4 horas por dia. Tecnologicamente eles já são independentes desde o berço. E isso tem vantagens e desvantagens.
Vantagens porque estamos falando de mini-adultos que já sabem o que querem, discutem de igual para igual em casa e sabem buscar tudo na internet, seja um joguinho, um vídeo no Youtube ou uma nova dancinha no Tik Tok. Sem falar dos memes sem fim…
E desvantagens porque estamos vendo os impactos dessa conexão toda na saúde mental de muitos ALFAS. Déficit de atenção, hiperatividade e irritabilidade são alguns dos problemas detectados.
Enquanto muitos acreditam que essa geração pode salvar o mundo com seu compromisso com o meio ambiente e a justiça social, devemos lembrar que eles ainda são crianças e muito está por vir.
Os Alfas são as crianças que sobreviveram à pandemia. Com ensino à distância no lockdown, com restrição de mobilidade, e com todos os impactos significativos que aconteceram. Felizmente, tudo indica que eles conseguiram se adaptar e seguir em frente.
E as marcas, assim como os pais, precisam lidar com tudo isso para trazer esses mini-adultos para o seu lado.
Para os profissionais de marketing, é um grande desafio engajar os jovens consumidores dessa faixa. É necessário aprofundar a compreensão para entender suas demandas, suas necessidades e até sua linguagem.
O nível de exigência e velocidade de resposta esperada pelos pequenos nativos digitais é elevadíssimo. Dá trabalho, mas é fundamental para conectar de forma profunda com esse grupo que vai dominar o mercado no futuro breve.
As marcas especializadas no público abaixo de 15 anos, e que são lideradas por pessoas muito mais velhas, precisam evoluir muito para realmente criar conexões com os Alfas.
Conexões para construir significados e novas relações humanas. Eles já estão decidindo grande parte do consumo das jovens famílias e isso só tende a aumentar.
O impacto total da geração Alfa no mercado ainda não pode ser totalmente previsto, mas é uma geração que promete muito.
Foi criada no consumo digital, sabe buscar, escolher e comprar online e, em breve, vai estar no mercado de trabalho.
Se vão conseguir transformar o mundo para melhor, ainda não se sabe. Mas devemos ter sempre esperança.
Observar atentamente, e definir estratégias focadas nessa geração é essencial para ajudar a criar mais do que consumidores, os cidadãos do futuro.