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Design: relevância do DesignOps na estratégia das empresas

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Foto: divulgação.

Por Victor Zanini, escritor e líder em design.

DesignOps (Design Operations) tornou-se uma disciplina vital no cenário atual por diversos motivos. A crescente complexidade na gestão de equipes de design e a necessidade de escalar processos de forma eficaz são fatores que contribuíram para sua importância.

Neste artigo, baseado no meu livro “Além do Design“, discutirei como é fundamental desenvolver estratégias e processos que garantam eficiência e qualidade por meio das equipes de DesignOps, além de analisar a importância atual dessa disciplina.

Em um cenário empresarial em constante transformação, o Design se destaca como peça fundamental para o sucesso. Sua influência se estende para além da estética, assumindo um papel estratégico na tomada de decisões e no impulsionamento de negócios. É nesse contexto que o DesignOps surge como uma disciplina crucial para garantir a eficiência, a qualidade e a escalabilidade das equipes de Design.

Expansão e importância do DesignOps

O aumento de cargos dedicados, cursos especializados e publicações sobre DesignOps não só demonstra a importância dessa disciplina em ambientes de design, mas também ressalta sua posição central na busca pela excelência operacional.

O design deixou de ser apenas uma função estética e agora é visto como uma disciplina estratégica, essencial para influenciar decisões de negócios. Além disso, à medida que as empresas crescem, o design também se expande. Isso significa que as equipes e o escopo do design estão se tornando mais amplos e complexos. Desde a atuação que está mais ampla, como os processos, antes simplificados, agora requerem mais estrutura e organização.

Pilar estratégico

A evolução do design nos últimos anos mostrou um aumento significativo na demanda por líderes no setor e posições de direção. Esse crescimento reflete a maturidade do design nas organizações e seu reconhecimento na tomada de decisões estratégicas. O design deixou de ser visto apenas como uma disciplina estética e se tornou um facilitador para impulsionar negócios.

De acordo com os níveis de maturidade em User Experience (UX) propostos pelo Nielsen Norman Group, o estágio mais avançado é o “orientado ao usuário”. Nesse estágio, as organizações não só reconhecem a importância do UX, mas também se comprometem com pesquisas frequentes para entender as necessidades dos usuários. Essa transformação mostra a importância crescente da experiência do usuário e a maturidade do design como disciplina estratégica.

Com o design se tornando um pilar estratégico, há uma maior intersecção com outras áreas da empresa. Isso exige uma abordagem mais integrada e uma equipe focada no “como” fazer. Os processos burocráticos devem ser minimizados para garantir velocidade nas entregas, criando um ambiente propício para a atuação de equipes de DesignOps, que contribuem para a sustentabilidade e eficiência das equipes de design.

Crescimento das equipes

Com a crescente relevância do design dentro das empresas, novas posições surgem para atender à demanda, resultando no crescimento das equipes. No entanto, essa expansão pode ser problemática se for forçada por outras áreas da empresa, sem uma estrutura clara ou um plano bem definido, levando a complicações.

No meu segundo livro, “Designer & Líder“, abordo essa temática e ressalto que os problemas crescem com o tamanho da equipe. Um time grande não é necessariamente um indicativo de sucesso, mas pode ser um prenúncio de problemas que precisam ser resolvidos.

Ampliação do escopo do Design

Além do crescimento das equipes, o escopo do design está se tornando mais abrangente, exigindo uma definição mais clara do que é design. A profissão evoluiu de “Arquitetos da Informação” para especializações como UX Designer, UI Designer e Product Designer, refletindo a expansão e diversificação do campo.

Essa ampliação trouxe novas responsabilidades e processos que enriquecem a prática.

Por exemplo, a ênfase no usuário levou a abordagens mais empáticas, como entrevistas, testes de usabilidade e jornadas do usuário. Outro fator é que a busca por consistência levou à criação de sistemas de design (Design System), resultando em novas adaptações no modo de fazer design. E essas novas ferramentas geram novos processos de aprendizagem e adaptação.

A qualidade do conteúdo textual também passou a ser essencial para a usabilidade, exigindo que os designers sejam proficientes em redação de interface. A responsabilidade ética dos designers ganhou destaque, com ênfase em acessibilidade. Além disso, os profissionais agora incorporam análises e métricas para informar suas decisões, alinhando o design aos objetivos de negócios.

Importância da continuidade

A expansão do escopo do design trouxe novas responsabilidades e oportunidades, exigindo a otimização dos processos e a melhoria do fluxo de trabalho para garantir eficiência e qualidade nas entregas. O design passou a ser uma estratégia central nas empresas, mas com o crescimento das equipes e a complexidade dos processos, surgem desafios relacionados à eficiência e manutenção da qualidade.

Portanto, é essencial abordar a complexidade emergente de forma proativa, garantindo que os processos permaneçam ágeis e as entregas mantenham a qualidade esperada. É por isso que o DesignOps é extremamente relevante nos dias atuais.

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