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Smart cities: Brasil é destaque internacional, mas precisa evoluir

Foto: divulgação.

Por Ezequiel Garcia, diretor de Tecnologia e Inovação da Betha Sistemas.

O conceito de smart cities não é uma novidade na gestão pública. Uma cidade inteligente consegue, via tecnologia e dados, ser um lugar melhor para seus cidadãos e empresas e, por mais que se façam brincadeiras em torno do tema e por problemas estruturais e de infraestrutura, o Brasil está anos-luz à frente do mundo inteiro quando o assunto são cidades inteligentes. Nos últimos anos o país evoluiu bastante no desenvolvimento tecnológico, mas ainda não alcançamos o ideal. O Pix, por exemplo, é um dos sinais da maturidade tecnológica do país, que facilitou a vida das pessoas e nos tornou referência em digitalização dos serviços bancários. Ele é apenas parte do mesmo projeto do DREX, moeda digital do Banco Central, que vem para otimizar as operações financeiras, como compra e venda de imóveis, entre outros.

Com os exemplos do Pix e do DREX reforçamos um dos principais pilares da transformação digital das cidades: não basta ser digital, precisa ser inclusivo e de fácil acesso e uso. A tecnologia deve ser acessível a todos os cidadãos, promovendo a autonomia das pessoas. Trazendo para a prática, não basta o TI da prefeitura colocar a emissão de boleto na internet, se o sistema é complexo, de difícil acesso, que exigirá a ida do titular a uma seção, ele não é um serviço “inteligente”. Isso afeta diretamente a rotina e bem-estar desse cidadão, impacta o trânsito, por conta da necessidade de deslocamento; e o meio ambiente com a emissão de gases poluentes dos veículos, entre outros.

O conceito de smart cities é um tema já batido, mas é importante reforçar que a atualização contínua melhora o desempenho financeiro da cidade e a modernização da gestão atrai talentos, investimentos de empresas e fomenta a criação de novos negócios. Além disso, a modernização de equipamentos públicos e o uso tecnologias de gestão são ferramentas para o aumento da eficiência econômica e redução de custos.

A base para a “construção” de uma gestão pública inteligente são os dados. O Governo Federal está antenado com essa necessidade e, por meio de dispositivos legais, como a Lei da Inovação e suas alterações, como o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei nº 13.243/2016), têm fomentado a inovação e a pesquisa, com reflexos nas administrações municipais, com incentivos fiscais, criação de hub e parques tecnológicos, entre outros.

Uma smart city não precisa de tecnologia de foguete, na verdade, é preciso que o administrador esteja atento às novidades em gestão pública e também assuma a responsabilidade de educar a população sobre os serviços disponíveis. Para ser inteligente, não adianta implementar o sistema mais sofisticado se ele não tiver utilidade. Há muita tecnologia disponível, com recursos que garantem a segurança e agilidade, como cloud, inteligência artificial, criptografia, entre outros, mas ainda há muito que avançar.

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