Por Augusto Fontoura, diretor executivo e líder da operação da Evermonte no Paraná.
Suficiente para abastecer o mercado interno e gerar excedentes exportáveis, o agronegócio consolidou o Brasil como o principal player em diversas cadeias, com destaque para estados-chave como Santa Catarina. Em 2023, segundo o Governo Estadual, o Valor da Produção Agropecuária (VPA) alcançou um recorde histórico: R$ 64,3 bilhões, representando um crescimento nominal de 6,6% sobre o VPA de 2022, até então o maior índice registrado.
Tamanha relevância vem demandando, em Santa Catarina e em todo o país, profissionais cada vez mais conectados a um ambiente tecnológico e orientados à eficiência produtiva, em um movimento impulsionado pela necessidade de aperfeiçoamento constante e pela busca por soluções sustentáveis que melhorem a competitividade global. Neste cenário, vale questionar: você sabe quais são as posições executivas mais demandadas pelo agronegócio brasileiro?
Dados da Evermonte Executive Search mostram que, além de áreas como engenharia agrícola, medicina veterinária e zootecnia, a construção de carreiras no agro também vem abrindo espaço para outras engenharias, Biologia, Administração, Direito, Matemática, Marketing, Relações Internacionais, Psicologia, TI, Economia, Logística e muito mais. No momento, porém, duas posições merecem destaque: os cargos de Controller e Gerente de TI.
Com um background advindo da área de finanças, a posição de Controller é estratégica para a maior parte das companhias do setor. Isso se dá, justamente, pela necessidade de gerenciar e controlar os recursos financeiros de maneira eficaz, garantindo a precisão nos relatórios financeiros, a conformidade com as regulamentações e a implementação de estratégias que otimizem os custos e maximizem a rentabilidade. Em um segmento tão pujante, a presença de lideranças aptas a colocar o caixa em ordem, direcionar investimentos para os lugares certos e implementar estratégias que realmente geram resultados faz toda a diferença.
Outra cadeira bastante demandada em empresas do agronegócio é a de Gerente de TI, que vem ganhando grande importância, sobretudo em companhias que priorizam atualizações contínuas e já estão em processos avançados de transformação digital. Cabe ao executivo de TI atuar na coordenação das inovações tecnológicas, garantindo que a infraestrutura de Tecnologia da Informação suporte as operações complexas e promova a competitividade de maneira assertiva em meio a um contexto global cada vez mais pautado pela necessidade de inovação.
Embora o Brasil ainda possua insuficiências na infraestrutura e tenha suas fragilidades no sistema logístico de escoamento das exportações, os números do agronegócio nos colocam em uma posição de grande interesse no âmbito internacional. E, justamente por isso, precisamos de lideranças preparadas para conduzir a complexidade e amplitude de um setor que, com toda certeza, terá cada vez mais relevância dentro e fora do país.
