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Sobre autonomia ou a falta dela

Foto: divulgação.

Eu entendo bem o motivo das suas noites mal dormidas. Às vezes, o desconforto vem da sensação de que estamos fora do eixo, sem entender exatamente o que a empresa espera de nós. Saber qual é o nosso papel, de fato, é o que faz toda a diferença.

Isso evita perda de tempo e nos mantém focados no que realmente importa. Estamos ali para cumprir uma função, mas não aquela que achamos que deveríamos, e sim a que a empresa precisa que desempenhemos.

Você já deve ter percebido que, quando o time está em sintonia, tudo parece mais fácil. Conversas abertas, cada um contribuindo com suas habilidades, e de repente o trabalho flui.

O sucesso de um se torna o sucesso de todos, e os laços se fortalecem de maneira natural. É como se cada pequena vitória fosse compartilhada, construindo algo maior.

E aí entra aquela questão da “crítica construtiva”. Ela parece uma boa ideia, mas raramente funciona como esperamos. No fundo, ninguém gosta muito de ouvir críticas, mesmo quando disfarçadas de boas intenções.

Será que estamos realmente dando e recebendo da maneira certa? Ou estamos simplesmente impondo nossa visão e esquecendo de valorizar quem está ao nosso lado?

Esse equilíbrio é fundamental. Ser nossa melhor versão requer escolhas conscientes. Muitas vezes, isso significa abrir mão do que não nos serve mais e focar no que vai nos levar adiante. Isso inclui pensar em onde investimos nossa energia e com quem escolhemos caminhar nessa jornada.

O sucesso vem quando conseguimos alinhar nossos valores com nossas ações. E aqui entra uma verdade simples: não adianta dar um título de liderança sem dar autonomia. Se uma pessoa não sente que tem a liberdade para fazer o seu melhor, ela acaba desistindo e indo embora.

Como bem disse Saramago, “é preciso sair da ilha para ver a ilha.” A gente só consegue entender nossa própria realidade quando consegue olhar de fora. E em um time diverso, com olhares e vivências diferentes, essa diversidade é a chave para crescer. Se uma única visão prevalecer, a empresa acaba se limitando.

No fim, claro, dinheiro e produtos de qualidade têm seu valor. Mas o que realmente faz a diferença é a percepção de que, naquela empresa, as pessoas têm espaço para serem elas mesmas, com maturidade, respeito e, principalmente, liberdade para fazer o melhor, sempre juntos.

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Head de marketing multicanal, professora e mentora de startups.

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