Antes de embarcar em um voo direto para Lisboa saindo do Floripa Airport, na noite de sexta-feira, dia 29, o presidente da Câmara Municipal do Porto (cargo equivalente ao de prefeito), Rui Moreira, avaliou a visita oficial de quatro dias a Santa Catarina, a convite do governador Jorginho Mello.
O líder português reforçou investimentos na evolução tecnológica, na sustentabilidade ambiental e na retenção de talentos para um futuro com mais riqueza e qualidade de vida.
Ele comentou que a força da indústria e a cultura de empreendedorismo inerente ao Estado são pontos em comum com o Porto e a região Norte de Portugal:
“Temos esta capacidade industrial e empreendedora, e estamos a avançar para caminhos diferentes. Temos que ser capazes de buscar a ciência e a tecnologia, que irão mudar o planeta. Não podemos esperar que sejam apenas as mega empresas, as grandes multinacionais. Nós temos que ser capazes também de intervir ao nosso nível, mais médio, e portanto aquilo que eu vi aqui em Santa Catarina me impressionou muito”.
A agenda foi organizada pela Secretaria Executiva de Articulação Internacional e Projetos Estratégicos. O secretário, Paulo Bornhausen, acompanhou as visitas e reforçou que Santa Catarina tem portas abertas para a aproximação com o Porto em comércio, indústria, negócios, cultura, turismo e tecnologia:
“Esperamos que esta visita crie laços mais fortes com a região do Porto, para que nós possamos fazer uma junção de novos empreendimentos, de novas ações de turismo, indústria, aproximar de vez aquilo que a história já nos trouxe. O que já temos é uma ligação umbilical entre Portugal e Brasil, mas que nós precisamos cultivar para que isso se transforme e venha a ser um ganho para as duas partes, principalmente para as pessoas que vivem tanto em Portugal como aqui em Santa Catarina”.
O prefeito do Porto também avaliou demandas de desenvolvimento semelhantes entre as duas regiões para um futuro promissor e sugeriu sinergias possíveis:
“É muito interessante perceber que muitos dos desafios que aqui encontramos são iguais aos nossos. É como a questão do ambiente e da sustentabilidade, com o hidrogênio verde, a recuperação de paisagens naturais, e a questão da atração de talentos, que nos aflige muito. Formamos em Portugal cientistas, pessoas com alto nível de preparação, que estão nas melhores universidades e empresas do mundo. Vale a pena, mas, ao mesmo tempo, é um desperdício não sermos capazes de os concentrar dentro dos nossos territórios. Temos esta possibilidade com o Brasil e com Santa Catarina, de criar aqui um conjunto de sinergias, porque temos a língua e muita tradição de empreendedorismo”.