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Educação tecnológica é caminho para um Brasil com mais oportunidades

André Brandão Sala
Foto: divulgação.

Por André Brandão Sala, CEO da Robomind.

Com a chegada do período de matrículas e rematrículas, muitas famílias começam a refletir sobre o futuro dos filhos e a colocar na ponta do lápis os gastos com educação. Em um mundo cada vez mais digital e conectado, uma das tendências nesse meio é a educação tecnológica, que já dominou outros mercados e está ganhando força também no Brasil.

A educação tecnológica é um caminho para um futuro com mais oportunidades. Não se trata apenas de preparar os jovens para as demandas do mercado de trabalho, mas de lapidá-los para os desafios globais. A robótica e a inteligência artificial, por exemplo, são apenas algumas das frentes em que o Brasil pode se destacar se houver mais investimento.

Com uma metodologia que usa robôs e diversos recursos como instrumentos de aprendizagem, a educação tecnológica incentiva os estudantes a aprimorar competências como a solução de problemas, o raciocínio, o trabalho em equipe e a criatividade. De modo geral, são ensinados conteúdos que englobam STEM, sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática.

Eventos como o World Robot Olympiad (WRO), que organizamos em setembro no Brasil, são exemplos do crescimento desse movimento. O campeonato reuniu mais de 850 participantes de oito estados do país e cerca de 5 mil pessoas em dois dias, em Blumenau, onde classificou três equipes para representar a Educação Tecnológica do Brasil na etapa mundial, que aconteceu na Turquia entre 28 e 30 de novembro. Além de ser uma vitrine para os jovens talentos, o WRO serve como uma plataforma para mostrar o potencial do Brasil na educação em tecnologia.

A participação do gerente de negócios globais da Roborobo, empresa sul-coreana que desenvolve kits de robótica educacional e produtos relacionados, trouxe novos olhares sobre o mercado da tecnologia educacional no Brasil. A empresa foi fundada em 2000 e, desde então, se tornou a principal provedora de educação para robótica na Coréia do Sul, com programas em 1.200 escolas de ensino fundamental das 6.200 do país. Os números mostram o avanço deles na temática, que acaba servindo de exemplo para nós.

Temos o desafio de transformar a educação para que, em vez de sermos um país que consome inovação, sejamos um que cria, lidera e exporta para o mundo. E a educação tecnológica é um dos fatores-chave para esse futuro.

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