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Por que falar sobre compliance e regulamentações em marketing na saúde?

Foto: divulgação.

Por Gabriel Manes, head de marketing da Doctoralia.

O marketing é um campo onde a promoção de produtos e serviços deve ser cuidadosamente balanceada com as diretrizes éticas e regulamentares. O compliance, que envolve o conjunto de normas e procedimentos que garantem a conformidade legal e ética das ações de uma corporação, é crucial nesse contexto.

Embora desafiador, o cumprimento rigoroso dessas regulamentações não é apenas necessário, mas também benéfico para todos os envolvidos: empresas, profissionais de saúde e, principalmente, os pacientes. A pesquisa “Maturidade do Compliance”, da consultoria KPMG, de 2024, mostra que 85% das grandes companhias têm código de ética, 70% têm um profissional dedicado ao compliance e 74% dos executivos se dizem comprometidos com a causa.

O setor da Saúde é profundamente sensível, já que as informações sobre produtos, serviços e dispositivos médicos têm impacto direto na vida das pessoas. É neste momento que o compliance em marketing se torna indispensável, pois ele visa garantir que as comunicações sejam transparentes, verdadeiras e não enganosas. Isso é vital para a proteção do consumidor que, muitas vezes, se encontra em situações de vulnerabilidade, buscando informações claras e confiáveis para tomar decisões informadas sobre sua saúde.

Uma pesquisa feita pela Deloitte, empresa com soluções de auditoria e consultoria, revelou que 73% das companhias brasileiras querem e planejam investir em treinamentos para se adequarem às normas de compliance até o final de 2024. O mesmo estudo ainda mostrou que o compliance contribuiu para o crescimento financeiro de 89% das companhias entrevistadas. Esse é apenas um dos fatores de contribuição do programa, por essa razão é tão importante implementá-la nas organizações.

Além disso, as regulamentações, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil e as diretrizes da FDA nos Estados Unidos, foram criadas para proteger tanto o consumidor quanto a integridade do setor. Ignorar essas normas pode resultar em penalidades severas e prejudicar a reputação delas. Portanto, investir em compliance não é apenas uma questão de evitar punições, mas um plano inteligente de negócios.

A rápida evolução da tecnologia e das plataformas digitais traz novas questões éticas. As redes sociais e as estratégias de marketing digital, por exemplo, podem dificultar o controle sobre a disseminação das informações, aumentando o risco de desinformação e práticas enganosas. Diante desse cenário, as empresas devem atualizar as suas ações continuamente para garantir que estão em conformidade com as regulamentações em constante mudança. A adesão a práticas de compliance não apenas protege-as de possíveis consequências legais, mas também fortalece sua imagem no mercado.

Organizações que demonstram um compromisso sério com a ética e a transparência tendem a ganhar a confiança dos consumidores e dos profissionais de saúde. Isso é especialmente importante em um setor onde a credibilidade é fundamental.

Por fim, concluo que o compliance e as regulamentações são aspectos indispensáveis para garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes. Embora os desafios sejam reais e exijam esforços contínuos por parte das corporações, os benefícios de operar de maneira ética e responsável são inegáveis. Portanto, investir em compliance não é apenas uma obrigação legal, mas um passo fundamental para construir um setor de Saúde mais confiável e respeitável. Além disso, para fortalecer essa postura e ampliar sua presença no mercado, é vital que as instituições contem com fornecedores qualificados que ajudem a impulsionar sua visibilidade na internet e a construir uma reputação digital sólida. Essa estratégia não só reforça a confiança dos pacientes, mas também posiciona as empresas e profissionais de Saúde como líderes em um ambiente cada vez mais competitivo e conectado.

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