A economia de Santa Catarina está aquecida. O índice de atividade econômica do estado registrou um crescimento de 4,7% nos últimos 12 meses até setembro, em relação ao mesmo período anterior, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 3,1%, conforme dados divulgados pelo IBGE.
No ano passado, a economia catarinense havia crescido 3,8%, enquanto a brasileira havia crescido 3,2%. Entre os fatores, estão o aumento do consumo das famílias e o maior acesso ao crédito, que favoreceram a expansão do comércio, notadamente o de bens duráveis e o de automóveis. Alimentos, bebidas e produtos de uso pessoal também foram beneficiados. Dessa forma, após um longo período de retração, a indústria retomou o crescimento, tanto na média do Brasil como em Santa Catarina.
A estimativa do PIB catarinense foi calculada pelo economista Paulo Zoldan, coordenador do Boletim de Indicadores Econômicos, na Diretoria de Políticas Públicas da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan-SC). Em sua avaliação:
“A economia estadual está se beneficiando do crescimento do comércio internacional, seja por meio das exportações ou das importações”.
Pilares da economia catarinense
Os dados do último trimestre do PIB divulgados pelo IBGE demonstram que a indústria catarinense é um dos pilares da economia local, tendo acelerado de 4,3% para 6,3%, com destaque para a indústria de transformação, que avançou de 4,1% para 6,7%.
O setor de serviços, o maior da economia estadual, cresceu 5,5%, impulsionado pelo comércio (7,4%) e pelos transportes (8,3%). Também se destacaram as atividades de alojamento e alimentação (7,1%), bem como de serviços prestados às famílias (5,1%). Os serviços de informação cresceram 4,6%, os serviços prestados às empresas 1,2%, as atividades imobiliárias 3,4%, a administração pública 3,2% e os serviços domésticos 2,6%.
“Para os catarinenses, os resultados representam mais do que números: são reflexos de uma economia sólida, com mais empregos, renda e oportunidades e com mais geração de valor à economia catarinense e consequentemente a melhora da qualidade de vida e dos empregos. Os números atestam um ambiente favorável, com empresários demonstrando uma postura mais otimista e uma crescente disposição para investir e ampliar suas equipes com uma boa qualificação”, destaca o secretário de estado do planejamento, Edgard Usuy.
O aumento do consumo das famílias está dando impulso ao segmento de alimentação e bebidas, bem como de têxteis e vestuário e de uma ampla variedade de produtos da linha branca, onde se incluem os eletrodomésticos. Houve, ainda, uma retomada da construção civil e da indústria automobilística, que impactam segmentos produtivos locais como o de minerais não metálicos, de autopeças e o metalúrgico. O avanço das exportações de motores elétricos e madeiras, por sua vez, dá ainda mais fôlego a estes segmentos. Na mesma trajetória, crescem os setores de embalagens e de máquinas e equipamentos, atendendo às demandas geradas pela expansão da produção.
A produção pecuária cresceu 2,1% nos 12 meses em relação ao mesmo período anterior. A produção de frangos cresceu 0,64% e a de suínos 0,24%, sendo o sexto ano consecutivo de alta na pecuária.