Santa Catarina obteve um índice de 0,415, classificando-se em segundo lugar no ranking nacional do Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (IBID), atrás apenas de São Paulo.
De acordo com a pesquisa inédita do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) divulgada nesta quinta-feira, 12, o estado desbancou o Rio de Janeiro e assumiu a vice-liderança do ranking.
O relatório identifica as potencialidades e desafios de cada estado e macrorregião do país, assim como as mudanças das características econômicas regionais ao longo do processo de transformação do cenário da inovação na última década.
O crescimento do setor de tecnologia no estado têm sido significativo, com um aumento de 147% no faturamento desde 2018. Além disso, também se destaca pelo número de empresas inovadoras (27,6 mil) e pelo impacto positivo na economia local, 86 mil empregos diretos e indiretos.
Qualidade de vida, capital humano e segurança pública são alguns dos fatores listados pelo secretário de Inovação do Estado, Marcelo Fett, para explicar a ascensão de Santa Catarina no ranking.
Entre os desafios que o estado busca superar, segundo ele, está equilibrar a alocação de recursos para beneficiar quem não tem acesso a outras estratégias de incentivo, como a Lei do Bem e a Lei da Informática. Em setembro, o governador Jorginho Mello alterou o decreto n° 704/2007 para incluir investimentos em projetos de inovação aberta entre os itens financiáveis pelo Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (PRODEC).
“As empresas passam a ter acesso a esses incentivos e contribuem para o Estado financiar a pesquisa, desenvolvimento, startups e a formação de capital humano”, explica o secretário.
Por aqui, o setor de tecnologia é responsável por 7,5% do PIB, mas a expectativa é chegar em 10% até 2026.
Essa é uma das metas inclusive do programa SC Mais Inovação, lançado em outubro pelo Governo do Estado, com o objetivo de fortalecer a Rede Catarinense de Centros de Inovação e conectar todas as regiões do estado para que haja cada vez mais soluções inovadoras com base em demandas regionais. A expectativa é de que as ações gerem mais de 30 mil vagas na área.
A iniciativa vai ainda implantar, até 2026, ao menos 9 Centros de Inovação, que se somarão aos 15 já existentes. Para 2025, já estão previstos pelo estado R$ 24 milhões em investimentos, 20% a mais do que neste ano.