Por Rafael Schinoff, CEO e fundador da Padrão Enfermagem.
O envelhecimento da população brasileira é um fenômeno que vem redefinindo as prioridades no setor de saúde. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, até 2050, cerca de 30% dos brasileiros terão mais de 60 anos. Esse cenário aumenta significativamente a necessidade de profissionais especializados no cuidado à terceira idade, com destaque para o atendimento domiciliar. A pandemia de COVID-19 evidenciou os benefícios desse modelo de cuidado, que se mostrou uma alternativa segura e eficiente. Além de aliviar a sobrecarga nos hospitais, o atendimento domiciliar proporciona um acompanhamento personalizado, próximo às famílias, garantindo conforto e dignidade ao idoso.
Com a maior longevidade, surgem também desafios, como o enfrentamento de doenças crônicas e limitações funcionais. O cuidado domiciliar vai além do tratamento médico, incorporando uma abordagem que valoriza a individualidade do paciente, oferecendo suporte tanto para a saúde física quanto para o bem-estar emocional.
Contudo, o setor enfrenta desafios, como a constante busca de mão de obra qualificada, e a necessidade de preparar os profissionais para as exigências técnicas e emocionais do trabalho com idosos. Nesse contexto, empresas especializadas na intermediação de profissionais de saúde desempenham um papel crucial. Elas facilitam a escolha de cuidadores e enfermeiros adequados ao perfil de cada paciente, além de gerenciar as questões burocráticas, garantindo tranquilidade às famílias e qualidade no atendimento.
O envolvimento da família é outro pilar fundamental no cuidado domiciliar. Esse esforço conjunto entre profissionais e familiares é enriquecido por orientações e suporte psicológico, ajudando as famílias a lidarem com os desafios emocionais e práticos de cuidar de parentes idosos.
O aumento na demanda por profissionais de saúde para a terceira idade não deve ser visto como um obstáculo, mas como uma oportunidade de melhorar significativamente o cuidado a essa população no Brasil. Envelhecer não precisa ser sinônimo de perda de qualidade de vida. Com profissionais capacitados e estratégias bem definidas, é possível garantir uma longevidade com dignidade, saúde e conforto.