Sempre foi óbvio para mim que uma empresa sem concorrência não se esforça para fazer o melhor pelo cliente. Afinal, sem ameaças no mercado, não há estímulo para melhorar. Mas hoje em dia, qual segmento realmente não tem concorrência?
Ou seja: não importa o quanto você esteja vendendo, é preciso evoluir constantemente, melhorar o atendimento, aprimorar o produto, lançar ações que despertem o interesse do cliente em visitar, comprar, voltar.
Gosto muito do exemplo da transportadora que, ao invés de investir em uma gestão mais eficiente ou em tecnologia para sua retaguarda, aposta exclusivamente na renovação da frota, acreditando que só isso será suficiente para impulsionar o crescimento.
Cuidar do caixa
Essa é uma das frases que mais ouvi de empresários experientes.
Mas o que ninguém me disse foi, “reinvente-se o tempo todo. Faça o básico bem feito. E seja atrativo.”
A falsa sensação de segurança é a armadilha. E o mercado não perdoa quem para.
As empresas não morrem da noite para o dia. A grande verdade é: elas apodrecem devagar.
Param de ouvir o cliente. Ignoram novas tecnologias. Apegam-se a processos ultrapassados. Até que… desaparecem.
Casos globais de empresas que sumiram por falta de inovação:
- Kodak criou a primeira câmera digital em 1975 e engavetou. Foi vencida pela própria inovação que criou.
- Blockbuster recusou comprar a Netflix por US$ 50 milhões. Acreditava que as pessoas “sempre iriam à locadora”.
- BlackBerry, queridinha do mercado corporativo, subestimou o impacto das telas sensíveis ao toque.
- Yahoo perdeu a chance de comprar o Google e depois o Facebook. Um império digital que ficou no passado.
Casos brasileiros que também perderam o timing:
- Mesbla e Mappin: ícones do varejo que não acompanharam a digitalização.
- Varig: referência na aviação nacional, mas travada em estruturas obsoletas e inflexíveis.
- Livraria Cultura e Saraiva: demoraram a abraçar o digital e o modelo omnichannel.
- Gradiente: líder em eletrônicos, mas perdeu espaço frente à concorrência internacional.
- Editora Abril: símbolo da mídia impressa, encolheu por resistir à transformação digital.
Essas empresas não quebraram por falta de dinheiro. Tinham caixa, marca forte, base de clientes.
Faltou visão. Faltou agilidade. Faltou coragem de se reinventar.
Inovar não é luxo. É sobrevivência.
Na Miner, vivemos isso de perto com dezenas de empresas. Algumas cresceram porque entenderam que transformação digital não é projeto de TI é decisão estratégica.
Outras perderam espaço porque ficaram presas a modelos que “sempre funcionaram”.
Transformar é difícil.
- Requer desconstruir.
- Exige mudar a cultura.
- Demanda disciplina.
Mas o mais fatal de tudo é: não transformar.
Por onde começar?
- Automatize o básico.
- Revise processos ultrapassados.
- Use dados para decidir.
- E, principalmente: não espere seu concorrente te ensinar como se faz.
O que matou a Kodak, a Blockbuster e tantas outras empresas não foi a falta de tecnologia. Foi a falta de atitude.
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