Com foco em criar experiências digitais que aproximam marcas e pessoas, a Atomsix é um estúdio global de soluções digitais que atua no desenvolvimento de interfaces, produtos e plataformas com forte ênfase em personalização, usabilidade e acessibilidade.
Com presença internacional e clientes em diversos setores, aposta em design centrado no usuário e uso estratégico de tecnologias como inteligência artificial para gerar mais engajamento, retenção e conversão.
Guilherme Ferreira, CEO da Atomsix, lidera projetos de UX, inovação e transformação digital para empresas na América Latina, Europa e Estados Unidos, e respondeu 8 perguntas sobre experiências digitais. Confira abaixo:
Ainda vale a pena se inspirar no Vale do Silício quando falamos de experiências digitais?
O Vale do Silício continua sendo um polo de referência em inovação, mas o que funciona lá nem sempre funciona aqui. As empresas brasileiras que se inspiram no Vale conseguem se adiantar, criar parcerias e até atrair investidores. Mas acredito que o Vale do Silício não é só um lugar – é uma mentalidade. Eles veem o erro como parte do processo e comemoram pequenos avanços. O pessoal lá ama problemas – porque cada problema é uma chance de criar ou melhorar um produto. A cultura é: arrisque, erre rápido, aprenda e siga em frente e isso sim deve servir como inspiração.
O que o consumidor espera das marcas no ambiente digital?
Ele quer se sentir compreendido. Não é só sobre usabilidade, é sobre empatia. A experiência digital precisa ser intuitiva, personalizada e acolhedora. Segundo uma pesquisa da Salesforce, 76% das pessoas esperam que as marcas entendam suas necessidades e expectativas. Esse é o novo básico.
Como a Atomsix tem trabalhado essa aproximação entre marcas e pessoas?
A gente parte sempre de um problema real. Um exemplo foi um projeto com uma marca de varejo: simplificamos o fluxo de compra e personalizamos recomendações com base no comportamento do usuário. Com isso, a taxa de conversão subiu 40%. Isso mostra que experiência bem pensada gera resultado direto.
Como criar essa conexão digital com o usuário?
É uma soma de fatores: navegação fluida, design funcional e um toque de personalidade. UX bem construído é tipo aquela loja de bairro que te chama pelo nome. A pessoa volta porque se sente valorizada e entende o que está fazendo.
Quais erros você vê com frequência nas plataformas digitais?
Tentar impressionar com excesso de recursos. Às vezes, o básico bem feito é o que mais funciona. Outro erro é não testar com usuários reais. Cada pessoa interage com o produto de um jeito, e isso precisa ser levado em conta.
A acessibilidade digital tem ganhado espaço nas discussões sobre UX?
Tem ganhado espaço, mas ainda precisa virar prioridade. Criar interfaces acessíveis não é só uma questão técnica, é um compromisso com inclusão. Isso passa por contraste de cores, estrutura de código e compatibilidade com diferentes dispositivos e formas de navegação.
Qual o papel da inteligência artificial na construção dessas experiências?
A IA ajuda muito na personalização. Hoje, conseguimos adaptar interfaces em tempo real com base no perfil de uso de cada pessoa. Mas o ponto é: usar a tecnologia para facilitar, não para complicar. IA boa é aquela que o usuário nem percebe que está ali.
E olhando para o futuro, o que vem pela frente?
Vamos ver mais experiências imersivas, com realidade aumentada, interfaces por voz e, ao mesmo tempo, uma demanda crescente por simplicidade. O desafio das empresas vai ser equilibrar inovação com usabilidade, sem perder o foco no que realmente importa: facilitar a vida de quem está do outro lado da tela.