Hoje eu quero falar sobre a voz. Mas não sob a ótica da patologia, da rouquidão, de problemas ou de técnicas para quem pretende ser cantor ou artista. Quero falar da voz como instrumento, de identidade, de influência e de conexão com as pessoas.
A voz comunica quem somos, antes mesmo das palavras saírem por completo. É por isso que digo: a voz é o nosso cartão de visita sonoro. Ela revela intenção, energia e verdade.
Para comunicar bem, a voz precisa ser simples. Clareza é poder. Quem complica, confunde. Quem simplifica, conecta.
Para engajar, a voz precisa de emoção. É ela que colore o discurso, que faz o outro sentir. A emoção na voz não vem de frases prontas, mas de presença. De estar inteiro naquilo que se diz. E para liderar, a voz precisa de pausas. A pausa não é ausência — é ênfase. É nela que a mensagem assenta, que o silêncio fala e que o respeito nasce. Quem lidera com a voz sabe a hora de dizer… e a hora de respirar.
Aliás, respirar é o primeiro passo para destravar a fala. O segundo é se expor. Não existe desenvolvimento na zona de conforto. Falar bem não é dom. É treino. É técnica. É constância. Não há como aprender sobre o palco sem estar no palco, nas redes sociais, na frente do cliente.
Quando invisto na minha comunicação, valorizo o ativo mais nobre da atualidade: o tempo das pessoas. Quem comunica com intenção respeita o outro. E mais: ganha autoridade, gera impacto, constrói reputação.
Experimente usar a sua voz com conexão, emoção, ênfase e estratégia. Use pausas. Varie o tom. Trabalhe o ritmo. Escute mais o som da sua fala.
A voz é a nossa marca no mundo. Quando bem usada, ela não só informa — ela transforma sonhos em realidade.
Repito o que disse na palestra durante a Expogestão 2025: faça da sua voz uma verdadeira montanha russa para impactar e emocionar o outro. Valorize o ritmo, a velocidade e a emoção na sua fala, para deixar de ser apenas mais ‘um na fila do pão’.