No dia 10 de junho o Grupo Softplan realizou o evento de lançamento da sua nova marca para negócios privados: STARIAN. Fui convidada para o evento e aproveitei para conversar com o time responsável pela nova marca, o Guilherme Quandt, diretor de marketing da Starian, a Brenda Hoffschneider, gerente de branding da Starian e a Karolina Buratto, coordenadora de branding da Starian, para entender os desafios até chegar a essa conquista.
Guilherme Quandt é administrador e profissional de marketing, possui mais de 20 anos de carreira, fazendo a diferença tanto em startups como multinacionais e apoiando o crescimento de negócios através de vasta experiência em planejamento estratégico, marketing, comunicação, relações públicas, branding e data. Atualmente, é membro dos Conselhos de Administração da Agger, Junsoft e da Construmarket, e diretor de marketing da Starian.
Brenda Hoffschneider é administradora com especialização em marketing estratégico, possui mais de 15 anos de experiência em marketing e comunicação, tendo atuado nos mercados de tecnologia e energia. Atualmente, é gerente de Branding na Starian.
Karolina Buratto é designer com especialização em marketing estratégico, possui 10 anos de experiência em marketing e branding, atuando em mercados como tecnologia, varejo e franchising. Atualmente, é coordenadora de branding na Starian.
Parabéns pelo evento de lançamento da marca STARIAN e obrigada pelo convite, adorei participar deste momento tão especial na trajetória do Grupo Softplan. Desde quando vocês estão trabalhando neste projeto da nova marca? Quantas pessoas estavam envolvidas no projeto? E quantas sabiam, antes do evento, qual nome havia sido escolhido?
O projeto da nova marca começou logo após o anúncio da separação das operações do Grupo Softplan, em dezembro de 2024. Iniciamos 2025 com um objetivo muito claro: criar uma marca que representasse, com profundidade, a especialização e a visão de futuro que já vínhamos construindo nas soluções voltadas ao mercado privado.
A escolha do nome e da identidade visual da Starian passou por um processo estratégico e estruturado, que incluiu diagnóstico de mercado, definição de arquétipo de marca, geração e validação de alternativas, testes de viabilidade jurídica e construção do conceito criativo. Cada etapa foi guiada pelos pilares que sustentam a nossa tese de negócio: especialização em setores complexos, crescimento sustentável e entrega de valor por meio da tecnologia.
O nome Starian foi escolhido por traduzir essa visão. A marca nasce para apoiar nossos ecossistemas de soluções SaaS voltadas ao setor privad o, mas mantendo a autonomia, o protagonismo e a força de cada vertical de atuação, com uma identidade capaz de conectar diferentes negócios sob um mesmo propósito. A construção da identidade da marca reforça nossa ambição e permite adaptabilidade e expansão, sem perder o foco em inovação e especialização nos setores que atuamos.
A criação da nova marca foi conduzida pelo time do branding, liderada pela Brenda e Karolina, com o apoio da agência especializada Trasso. O processo contou com a colaboração ativa das áreas de marketing das verticais de negócio e da diretoria executiva, garantindo uma construção alinhada à estratégia da empresa e ao posicionamento de cada unidade.
Antes do evento de lançamento, cerca de 15 colaboradores de áreas de apoio e 3 fornecedores especializados em branding e propriedade intelectual já tinham conhecimento do nome escolhido, todos sob acordos de confidencialidade.
Todo esse processo de construção foi uma demonstração clara da nossa cultura colaborativa, estratégica e com capacidade de execução. Dar nome à Starian foi dar forma a uma empresa que já vinha sendo construída — e que agora se apresenta ao mercado privado com ainda mais autonomia, estratégia e visão de futuro.
O que levou vocês a escolherem o nome STARIAN, quais as inspirações e o que esta marca deseja comunicar com o mercado?
O nome Starian foi resultado de um processo estratégico cuidadosamente conduzido para representar a essência da nova operação. A marca nasce com o propósito de guiar negócios rumo ao futuro e traduz, no próprio nome, essa visão de orientação, profundidade e transformação.
O prefixo “Star” remete à estrela como símbolo de direção, conexão e amplitude — atributos que refletem nosso papel de referência nos mercados em que atuamos. Já a presença de “IA” faz alusão direta à Inteligência Artificial, posicionando a tecnologia como meio para gerar mais resultados e valor para os nossos clientes. Isso reforça nossa tese de negócio orientada à especialização e à inovação aplicada a contextos reais.
A escolha também considerou aspectos como originalidade e capacidade de expansão da marca, garantindo consistência com a identidade de um grupo que reúne ecossistemas especialistas, completos e integrados de soluções SaaS líderes, que atuam com forte autonomia. A Starian carrega, na própria construção, atributos que norteiam nossa atuação: especialização, confiança, flexibilidade, humanidade e visão de futuro.
Hoje existem quase 3 milhões de marcas registradas ou que já deram entrada no INPI e aguardam aprovação. Por dia são protocolados 1.200 novos pedidos de registro de marca no INPI. Isto significa que o universo de nomes disponíveis para registro é muito limitado. Me conta como foi esse processo de escolha do novo nome: quantos nomes foram analisados ou cogitados, como foi o processo criativo de vocês, os colaboradores participaram de alguma forma?
Sabíamos desde o início que criar uma marca em um cenário com quase 3 milhões de registros no INPI exigiria um processo técnico, estratégico e criativo — especialmente considerando nosso objetivo de construir uma identidade única, escalável e juridicamente segura.
Começamos com a definição de uma pirâmide de prioridades, que nos orientou nas decisões mais críticas. Nela, estabelecemos os principais critérios para o nome ideal, com destaque para a disponibilidade nas classes 09, 35, 41, 42 e 45 do INPI, além das redes sociais e domínios.
O processo foi colaborativo e profundo. Conduzimos workshops com lideranças de marketing das verticais de negócio e utilizamos insumos vindos de entrevistas com colaboradores, clientes estratégicos e pesquisas internas. Essa escuta ativa foi essencial para traduzir os atributos do negócio — como especialização, inovação aplicada e visão de futuro — em critérios criativos para nome e identidade.
Ao todo, mais de 45 nomes foram analisados, considerando domínio digital, originalidade, sonoridade e viabilidade jurídica. Após validações técnicas e testes de aderência, criamos uma lista com três nomes. A decisão final foi feita pelo conselho administrativo, que optou por Starian por representar com clareza a direção estratégica da empresa e o posicionamento que queremos ocupar no mercado.
Hoje em dia um pedido de registro de marca leva, em média, 18 meses para ser analisado pelo INPI. Como que faz para lançar uma marca no mercado com um mínimo de segurança, com esse prazo todo para ter uma resposta do INPI? Vocês fizeram algum tipo de avaliação de probabilidade de sucesso do pedido de registro? Aguardaram algum marco importante antes do lançamento?
Essa foi uma das frentes mais sensíveis e importantes do projeto. Sabendo do tempo médio para aprovação de uma marca pelo INPI, que pode chegar a 18 meses, desde o início estabelecemos um fluxo jurídico estratégico para mitigar riscos e garantir segurança no lançamento.
Contamos com o apoio de um escritório especializado em propriedade intelectual, que nos acompanhou desde a fase inicial de criação. Cada nome levantado passou por análises técnicas rigorosas de viabilidade jurídica.
Além disso, adotamos uma abordagem preventiva: submetemos previamente ao INPI os três nomes finalistas, ainda durante a fase de desenvolvimento da identidade da marca. Essa estratégia nos permitiu ganhar tempo e proteger os ativos intangíveis, mesmo antes da decisão final.
Essa estratégia foi essencial para que a Starian fosse lançada com o grau de segurança necessário — respeitando os prazos do INPI, mas sem comprometer nossa estratégia de entrada no mercado.
Eu imagino que criar não só um nome, mas todo um conceito por trás deste nome, e ainda escolher um nome “registrável” não deve ser tarefa fácil. Que conselhos vocês têm para dividir com as empresas que estão passando por esse processo de naming ou de rebranding e que desejam obter o direito de exclusividade de suas marcas através do registro no INPI?
Posso dizer que não é só sobre criatividade — é, antes de tudo, sobre estratégia. O principal conselho que posso compartilhar é ter clareza sobre os objetivos da marca e os critérios que o nome precisa atender. No nosso caso, construímos uma pirâmide de prioridades que orientou todas as decisões: desde os atributos que queríamos transmitir até os requisitos técnicos, como viabilidade jurídica e disponibilidade de domínio.
Outro ponto essencial é o planejamento. É preciso considerar que o processo vai além da escolha de um nome. Ele envolve construção de conceito, análise de registro, alinhamento interno e testes de percepção. Por isso, é fundamental contar com parceiros especializados, que tragam segurança jurídica e visão de marca ao mesmo tempo.
Além disso, é essencial ouvir diferentes perspectivas. Ao longo do processo, incluímos colaboradores, lideranças e clientes estratégicos em algumas fases chave da construção da marca. Isso foi determinante para criar uma marca que não apenas representasse nossa estratégia, mas também conectasse com os colaboradores, os clientes e o mercado.
Por fim, vale lembrar que o sucesso não está apenas no lançamento, mas em como a marca será vivida e reforçada ao longo do tempo — no discurso, nas entregas e na experiência com o cliente. Ter uma estratégia de gestão de marca desde o início faz toda a diferença.