Se você não leu minha coluna anterior, então não sabe que, especificamente entre os dias 7 e 13 de julho, fiquei imersa pelo ecossistema de Vitória, no Espírito Santo. O primeiro dia de programação foi pelos pontos turísticos da região, já o segundo, foi dedicado a visitas em algumas empresas. O roteiro incluiu: Base 27, Timenow, almoço na Casa di Luiza, Aevo e Yooga.
Com 5 anos de atuação, o Base 27 é um hub de inovação com foco em corporações. São mais de 40 empresas mantenedoras, o que mostra o potencial de desenvolvimento do ecossistema capixaba, pensando que há 5 anos estávamos vivendo o auge da pandemia no mundo.
Suas principais atuações são em diagnóstico de maturidade e acompanhamento do processo de implementação de alguma inovação, busca por startups que podem resolver problemas das empresas incubadas, missões empresariais, conexão com universidades e instituições, além de programa de aceleração com startups (braço criado para monitorar e desenvolver de perto soluções que se conectam com as mantenedoras).
Quem nos recebeu foi Pollyana Rosa, diretora de inovação do espaço. Um case de sucesso citado por ela foi o match entre a Eco55, startup que atua com soluções para o clima criada dentro do hub, e a EDP, empresa global de energia que atua em diversas áreas do setor elétrico.
A startup atua com propósito de impulsionar a transição das empresas para uma economia de baixo carbono. Ambas uniram esforços para realizar uma prova de conceito visando mapear a cadeia de fornecedores da empresa e investigar a geração de carbono.
O espaço fica localizado próximo a Praça do Papa, no térreo de um edifício construído nesse meio tempo da fundação do hub. Ele se conecta com salas, auditórios e espaços compartilhados, gerando a troca de ideia e conexões entre empresas e startups.
Na Timenow, que fica no quarto andar do mesmo prédio e, inclusive, é uma das mantenedoras do hub, quem nos recebeu foi Julia Barbosa Pizzo, Innovation Lead da empresa, que é uma das maiores empresas no segmento de gerenciamento e implantação de projetos no Brasil.
Ela destacou o gerenciamento de implantação de projetos, gerenciamento de portfólios de projetos, planejamento e gestão de paradas de manutenção, consultoria em engenharia liderada com expertise em diferentes segmentos industriais como papel e celulose, mineração e siderurgia, óleo e gás, química e petroquímica e construção civil.
A empresa tem quase 30 anos no mercado, mais de 2 mil colaboradores, executou mais de 15 mil projetos em 8 países. Entre seus clientes estão: Engie, Gerdau, FIAT, Nestlé, Petrobrás, ArcelorMittal, Klabin, entre outros.
O almoço seguiu na Casa di Luiza, um buffet com várias opções em um espaço charmoso. Além de ser uma casa, literalmente, possui um gramado com um fusca rosa na frente, dando uma identidade ainda mais forte no local.
Em seguida fomos para a AEVO, uma plataforma de gestão de inovação. São mais de 400 clientes, mais de 550 mil usuários e presença em mais de 10 países. Inclusive, planejam uma subsidiária na Holanda para este ano.
Entre as soluções estão: programa de ideias com Inteligência Artificial (integrada recentemente para ajudar os colaboradores a escreverem suas sugestões), inovação aberta, projetos de inovação, OKR’s, braço de consultoria com estratégia de inovação, cultura e engajamento, inovação com IA e execução da inovação. São clientes: Vale, Cargill, 3 Corações, Santander, BIC, Eletrobrás, entre outros.
Um dos diferenciais da empresa é a gamificação. Ou seja, no caso do braço de programa de ideias, colaboradores que vão contribuindo com ideias e sugestões e, conforme são avaliadas e implantadas, ganham pontos que podem ser revertidos em prêmios conforme cada empresa determina. Uma forma de engajar e recompensar pelas melhorias.
Por último, a visita seguiu para a Yooga, plataforma de gestão de restaurantes. Na prática, a ideia é facilitar o dia a dia, ajudando os empresários a abandonar planilhas e caderninhos.
Vinicius Melo, CEO da empresa, recebeu o grupo e contou um pouco da sua história e o modelo de negócios da Yooga. Em 2016, após trabalhar como garçom e vendedor, ele largou a faculdade de Engenharia Civil para começar o seu negócio.
Hoje,é uma das principais soluções para o segmento no país, com mais de 8 mil clientes, 1,8 mil municípios com algum restaurante gerenciado pela plataforma. Um case de sucesso capixaba.
