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Gestão de risco em tecnologia: por que ignorar esse tema pode custar caro às empresas

Foto: divulgação

Por Alexandre Borges, executivo da Áxe Tecnologia.

A transformação digital é irreversível — e, por exigir cada vez mais responsabilidade e controle, a gestão de risco em tecnologia se consolida como um pilar essencial para a sustentabilidade e a longevidade dos negócios. A principal vulnerabilidade das empresas não está apenas em servidores ou códigos-fonte — ela mora, sobretudo, na falta de governança sobre a tecnologia. E, no Brasil, essa é uma lição ainda em curso.

Segurança e governança são a base dos negócios digitais

Um levantamento global publicado pela IBM Security em março deste ano apontou que o custo médio de uma violação de dados chegou a US$ 4,88 milhões — o maior valor registrado até hoje. No mesmo período, segundo a PwC, 56% dos CIOs e CTOs brasileiros apontaram a cibersegurança e a gestão de riscos como os fatores mais críticos para manter a resiliência de suas organizações.

Ignorar o risco não o elimina – ao contrário – o potencializa. Sistemas mal integrados, decisões tomadas com base em dados imprecisos e ausência de processos de compliance automatizados formam um terreno fértil para prejuízos — não só financeiros, mas reputacionais e estratégicos.

Três fundamentos essenciais:

1. Estabilidade operacional

Empresas que ainda operam com ferramentas desconectadas ou dependentes de processos manuais estão mais expostas a falhas — da ruptura no fornecimento à inconsistência fiscal. A adoção de plataformas integradas de gestão reduz significativamente esse tipo de vulnerabilidade e torna a operação mais previsível e auditável.

2. Visibilidade inteligente

A capacidade de antecipar problemas é, hoje, uma vantagem competitiva. Ferramentas de inteligência analítica, alimentadas por dados confiáveis e centralizados, permitem que gestores acompanhem em tempo real desvios de orçamento, gargalos logísticos ou flutuações inesperadas na performance de vendas — elementos que, sem monitoramento contínuo, se tornam riscos silenciosos.

3. Confiança institucional

A segurança da informação deixou de ser apenas um tema de TI. Clientes, investidores e órgãos reguladores esperam das empresas transparência, rastreabilidade e conformidade com legislações como LGPD e GDPR. Não se trata mais de um diferencial, mas de um pré-requisito para competir.

Risco tecnológico é o desafio das empresas do futuro

Neste ponto, é fundamental destacar: não existe inovação sustentável sem estrutura técnica sólida. Projetos de inteligência artificial, automação de processos ou escalabilidade digital exigem um ambiente seguro, estável e governado — caso contrário, a inovação pode se transformar em mais um vetor de risco.

No fundo, falar de gestão de risco é falar de futuro. É escolher entre a ilusão do controle e o preparo real para cenários adversos.

Empresas que tratam o risco como uma frente estratégica — apoiadas por sistemas inteligentes, dados bem tratados e processos integrados — criam as condições para crescer com confiança e perenidade.

Em um mundo onde a única certeza é a mudança, a verdadeira vantagem está em antecipar riscos e responder com precisão.

É hora de entender se a sua empresa está preparada para crescer com segurança.

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