Pesquisar

A nova era da automação conversacional: do chatbot ao assistente inteligente

Foto: divulgação.

Por Felipe Bittencourt, CEO da Odisseia AI.

A automação conversacional está entrando em uma nova fase em que os antigos chatbots deixam de ser apenas respondentes passivos e passam a pensar e executar tarefas automaticamente.

Essa evolução marca a transição para agentes de inteligência artificial capazes de perceber o ambiente, planejar, tomar decisões e acionar ferramentas por conta própria. É a próxima etapa da automação e promete nos dar “colegas digitais” que resolvem tarefas de maneira autônoma.

Mas quais são as principais diferenças para um chatbot? De um lado, os chatbots tradicionais eram robôs de conversa que seguiam um roteiro pré-definido.

Do outro, os assistentes virtuais atuais entendem o contexto, agem de forma mais inteligente e até aprendem com as interações.

Um chatbot é um programa de computador que simula uma conversa com uma pessoa, consultando uma base de dados e respondendo de acordo.

Já os assistentes virtuais inteligentes combinam as informações fornecidas pelo usuário com dados externos e integrações diversas para realizar tarefas e oferecer serviços, sem depender de um roteiro rígido.

Um agente de IA é um sistema que percebe dados de entrada, decide o que fazer para atingir um objetivo e executa ações. Diferentemente de um chatbot que apenas responde, um agente possui autonomia, proatividade e memória. Opera por longos períodos, utiliza APIs, faz chamadas de sistema e coordena subtarefas com outros agentes ou humanos.

Na prática, essa nova geração de agentes inteligentes está transformando a forma como as empresas se relacionam com seus clientes e operam internamente.

Na Odisseia, por exemplo, nossas assistentes inteligentes vão além da automação básica: atendem leads automaticamente em canais como WhatsApp, qualificam conversas, agendam compromissos e entregam o lead pronto para o time comercial.

Diferente dos chatbots tradicionais, essas assistentes entendem a intenção, urgência e contexto da conversa. Isso é possível graças à IA generativa, que proporciona interações naturais e fluidas, evitando a rigidez dos roteiros fixos. E mesmo quando o lead deixa de responder, a assistente entra em ação com follow-ups personalizados em momentos estratégicos, aumentando as chances de conversão e evitando perdas para o negócio.

Cada projeto é treinado com base nas características exclusivas de cada empresa. Durante o onboarding, nossa equipe coleta dados sobre o público-alvo, tom de voz, processos e diferenciais. Assim, a inteligência é ajustada para representar a marca com precisão, sem recorrer a respostas genéricas.

O resultado são agentes que realmente agem. Que aprendem. Que se adaptam. E que geram valor real para os negócios em diversos segmentos.

O que esperar do futuro

O relatório AI Engineering deste ano aponta que, após 2025, veremos agentes que navegam on-line com áudio ou vídeo em tempo real, e que o modelo “um cérebro gigante” cederá espaço a “enxames de pequenos modelos especializados” e plug-ins (runners de código, SQL, calculadoras). Essas arquiteturas especiais permitem redirecionar tarefas ao especialista certo, tornando a IA mais barata e confiável.

Estamos entrando na era dos colegas digitais, e, para quem souber aproveitar esse momento para os negócios, o ganho competitivo será imediato e transformador.

Compartilhe

Tudo sobre economia, negócios, inovação, carreiras e ESG em Santa Catarina.

Leia também