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PIB de SC cresce acima da média nacional e mantém liderança no Brasil

Foto: Vergani Fotografia/AdobeStock

O Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina manteve a liderança de crescimento no Brasil, conforme os dados atualizados do segundo trimestre.

Segundo estimativa da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), cresceu 5,4% nos 12 meses encerrados em junho, frente ao mesmo período do ano anterior. 

Na comparação entre os estados, as estimativas do Índice de Atividade Econômica Regional do Banco Central (IBCR) apontam a liderança do crescimento da economia catarinense. No mesmo período de 12 meses do ano anterior, avançou 6,4%, o maior crescimento entre os 13 maiores estados do país.

Já em relação ao acumulado do ano, ou seja, de janeiro a junho deste ano, a economia catarinense confirma o destaque, com um crescimento de 6,1%.

Santa Catarina segue demonstrando competitividade e resiliência. O crescimento constante e robusto do estado se destaca em um cenário nacional e internacional de incertezas. Temos um ecossistema econômico dinâmico. A nossa diversidade produtiva e a força das cadeias industriais, de serviços e agropecuária garantem que o Estado continue crescendo acima da média brasileira. Esse desempenho reforça a posição de Santa Catarina como um polo de atração de investimentos e de mão de obra qualificada, que impulsionam a economia e o bem-estar social da população”, avaliou o Secretário de Estado do Planejamento, Fabricio Oliveira.

SETORES

As estimativas apontam um crescimento de 12,1% da agropecuária, influenciado principalmente pelo avanço na produção agrícola, especialmente de soja, milho, arroz, feijão, fumo, trigo e cebola.

O economista Paulo Zoldan analisa que o setor foi um forte sustentador da expansão da  economia no primeiro semestre. Na pecuária, o quantum cresceu menos, mas teve o sétimo ano consecutivo de alta, baseado na produção de frangos e de suínos.

A indústria de transformação cresceu 6,3%. Os segmentos de máquinas e equipamentos e o de máquinas e aparelhos elétricos foram os de maior crescimento, impulsionados pelas demandas de outros setores industriais ou pelas exportações.

A produção de têxteis e de artigos do vestuário e acessórios se manteve impulsionada pela demanda doméstica, assim como foi o caso do consumo de produtos alimentícios e de bebidas.

O bom desempenho da construção civil e da indústria automobilística, por sua vez, impactou os segmentos produtivos locais, como minerais não metálicos, autopeças e metalúrgico. 

O setor de serviços cresceu 5,2%. Entre as atividades de serviços acompanhadas na estimativa do PIB estadual, o maior crescimento veio dos transportes (+8,4%), seguido pelos serviços prestados às famílias (+7,8%), administração pública (6,4%) e comércio (5,5%). 

As exportações se mantiveram nas máximas históricas e com crescimento robusto. O segmento das importações se sustentou no crescimento da demanda nacional por insumos industriais e bens de consumo”, complementa.

Para o economista, outro fator de crescimento tem sido a expressiva expansão do turismo no estado. Há expectativa de mais crescimento, com a expansão da malha aérea, novos voos internacionais e o investimento em infraestrutura e marketing turístico.

Apesar dos bons percentuais, cabe ressaltar que houve uma desaceleração nos indicadores do segundo trimestre e todos os setores cresceram menos no estado. Mesmo assim, Santa Catarina mostrou desenvoltura diante da conjuntura nacional, mantendo sua liderança no crescimento econômico.

O aquecimento do mercado imobiliário no estado gerou a abertura de 12,7 mil novos postos formais de emprego pela construção civil somente nos 7 primeiros meses do ano, após a abertura de outros 47,9 mil postos no ano passado.

A qualidade de vida, a segurança pública e as paisagens cênicas de Santa Catarina estão atraindo um grande número de investimentos imobiliários e de infraestrutura turística, dando um bom fôlego à construção civil que manteve um bom crescimento entre março e junho.

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