O empreendedorismo em Santa Catarina segue em ritmo acelerado. Recentemente o Economia SC compartilhou uma notícia sobre o crescimento de novas empresas no estado catarinense, comparando o cenário de 2024 e de 2025.
Para se ter uma ideia, somente entre janeiro e agosto deste ano, foram abertas 98.892 empresas no estado, um crescimento de 17% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Junta Comercial (Jucesc). O número é expressivo e reforça o protagonismo catarinense no cenário nacional: já são mais de 1,57 milhão de empresas ativas.
Mas cada novo CNPJ representa mais do que uma estatística: significa também o nascimento de uma nova marca. E é justamente nesse ponto que muitos empreendedores pecam. A pressa em colocar o negócio para rodar faz com que aspectos estratégicos, como o registro da marca, sejam deixados em segundo plano.
A marca é, em essência, o ativo que distingue um negócio no mercado. É por meio dela que consumidores identificam produtos e serviços, criam vínculos e estabelecem confiança. No entanto, sem o registro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), essa marca não pertence oficialmente à empresa. Na prática, isso significa que um concorrente pode reivindicá-la, ou até mesmo impedir o uso de um nome que já está consolidado junto ao público.
Em um estado com tanta diversidade econômica, dos setores de transporte e comércio à indústria da transformação e construção civil, proteger a marca não é apenas uma formalidade, mas uma estratégia de sobrevivência. Afinal, o investimento para criar identidade visual, comunicação e reputação pode ser perdido caso o registro não esteja garantido.
Por isso, ao lado da constituição da empresa, o registro de marca deve ser visto como uma etapa indispensável. É ele que assegura exclusividade, agrega valor ao negócio e protege o empreendedor contra disputas jurídicas futuras.
Se o número de novas empresas em Santa Catarina segue em alta, os registros de marcas cresçam na mesma proporção. Empreender é, antes de tudo, construir algo sólido e proteger a identidade do negócio é o primeiro passo para garantir longevidade no mercado.