Em um ambiente de negócios saturado de ruídos e obcecados pelo growth hacking (abordagem multidisciplinar focada em experimentação e análise de dados), a pergunta que assombra a maioria dos profissionais hoje em dia não é “como faço para ser visto?”, mas sim: “o que, de fato, está me distanciando da notoriedade que eu tanto desejo?”
A notoriedade não é apenas ser conhecido, mas a consequência inevitável de um impacto profundo, consistente e irrefutável do trabalho do profissional. O que a maioria busca não é o furo momentâneo na mídia ou inúmeros likes e engajamento no instagram, mas sim a autoridade que transforma o preço em valor e a marca em referência.
O desafio, no entanto, raramente reside na falta de esforço ou qualidade. A barreira é mais sutil, mais incômoda, e geralmente reside em três pilares que merecem uma autoavaliação brutalmente honesta de sua parte:
1. A tirania da execução perfeita
Muitos profissionais caem na armadilha do perfeccionismo operacional. Estão tão imersos em otimizar os bastidores do negócio, em refinar o produto/serviço até o último detalhe, que perdem o timing da exposição estratégica. A notoriedade, diferentemente da perfeição técnica, é uma força de mercado que exige ação e visibilidade.
O que te distancia é a crença de que o produto/serviço falará por si só. Em um mundo veloz, o silêncio é interpretado como irrelevância. Sua notoriedade está refém da sua relutância em:
- Publicar: Qual é o seu ponto de vista único sobre o seu mercado? Profissionais notórios têm teses claras e as comunicam abertamente, mesmo que incomodem o status quo.
- Delegar o Detalhe: Se a sua mente está consumida por tarefas que podem ser automatizadas ou delegadas, ela não está livre para a visão estratégica que gera conteúdo, parcerias e conexões de alto nível.
2. O medo da assinatura pessoal
Em um mercado cada vez mais comoditizado, o diferencial autêntico reside na liderança que se expõe. A notoriedade empresarial de hoje é, muitas vezes, um reflexo direto da notoriedade de seu fundador ou CEO (se você é líder dentro de uma empresa) – ou sua própria, se você é o dono do negócio (empresário, empreendedor, profissional liberal).
A distância aqui é o medo de ser a marca. Muitos profissionais preferem se esconder atrás de milhões de desculpas. Eles temem a vulnerabilidade de:
- Ter Inimigos Intelectuais: Notoriedade implica tomar uma posição firme que, por definição, não agradará a todos. O desejo de ser “neutro” ou “agradável” é a pá de cal na distinção.
- Compartilhar a Jornada, não Apenas o Sucesso: As pessoas não se conectam com o pódio; elas se conectam com a travessia. Compartilhar os desafios aprendidos e as decisões difíceis humaniza a marca e constrói confiança, que é a moeda mais forte da notoriedade.
3. A falta de arquitetura de conteúdo
Um líder notório não pede atenção, ele a merece. E ele a merece porque construiu uma ponte contínua de valor entre ele e o seu público.
O que te afasta da notoriedade é tratar a comunicação como um pitch de vendas e não como uma plataforma de ensino. O empresário focado apenas em leads diretos falha em construir o ativo mais valioso: a percepção de que sua empresa e sua liderança são indispensáveis para o desenvolvimento do setor.
A notoriedade é a soma da sua experiência encapsulada em conteúdo acionável. Pergunte-se:
- Eu estou distribuindo conhecimento de alto valor de forma gratuita e consistente?
- Meus insights são a primeira fonte que meus concorrentes consultam?
O vácuo entre a sua competência e a sua notoriedade é preenchido com a coragem de arriscar a exposição, a disciplina de comunicar sua tese e a generosidade de ensinar o que você sabe.
A notoriedade não é um presente; é um subproduto do seu impacto corajosamente comunicado. Qual desses pilares você precisa derrubar hoje para que o seu legado comece a ser reconhecido?
Me acompanhe no Instagram. Por lá eu divulgo muitos conteúdos que, certamente, vão te ajudar a construir a sua notoriedade. E se precisar de ajuda, me chame no inbox do Instagram, para conhecer as minhas mentorias.
Te vejo na próxima coluna. Forte abraço!