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Por que temos medos e como superá-los

Foto: divulgação

Todos nós, em algum momento da vida, nos deparamos com o medo. Quando criança, eu tinha pavor de agulhas de injeção. Aos 18 anos, o medo era de encarar uma câmera de TV. Depois de casado, o receio do futuro tomou conta quando minha esposa me disse: “Estou grávida. E agora?”

O medo é uma emoção primária e instintiva. Surge como um mecanismo de proteção diante de perigos e ameaças — reais ou imaginárias. Sabe quando você se preocupa demais com algo que ainda nem aconteceu? É como sofrer por antecipação.

Especialistas explicam que o medo é uma reação química do corpo a estímulos externos ou internos que representam riscos físicos ou psicológicos. Quando equilibrado, é um aliado poderoso. Ele nos mantém atentos, vigilantes e prudentes. O temor de ser assaltado, por exemplo, nos faz redobrar a atenção em locais perigosos. Nesse momento, o corpo libera hormônios e neurotransmissores que nos preparam para agir.

O problema começa quando o medo é irracional — aquele que surge sem perigo real, mas ainda assim nos paralisa. Quando isso acontece, o medo deixa de ser um sinal de alerta e passa a ser um sabotador de sonhos, metas e objetivos.

Quando o medo afeta a comunicação

Pouca gente percebe, mas o medo também silencia nossa voz.
Quando estamos inseguros, nossa mente se fecha e a clareza se perde. As palavras vacilam, os gestos travam, o tom de voz oscila. A comunicação se torna defensiva, agressiva ou desconectada. Em vez de criar pontes, o medo ergue muros.

Como superar o medo

1. Reconheça. O primeiro passo é identificar o que o assusta. Ignorar o medo só o fortalece. Aceite-o como parte natural do processo de crescimento.


2. Avalie. Pergunte-se: existe perigo real ou é apenas fruto da imaginação? Às vezes transformamos um copo d’água em tempestade.


3. Inspire-se. Busque exemplos de quem venceu seus próprios medos. A superação alheia é combustível para a nossa coragem.


4. Aja. A confiança nasce do movimento. O medo se dissipa quando damos o primeiro passo — mesmo com o “frio na barriga”.

Coragem não é ausência de medo, e sim a decisão de seguir em frente apesar dele.

Na comunicação, superar o medo é reconectar-se com quem você é. É mudar pensamentos, praticar a exposição, desenvolver técnicas de oratória e, acima de tudo, acreditar na sua própria voz.

Treinar a mente para enfrentar o medo é um exercício diário. Quando aprendemos a controlá-lo, ele deixa de ser inimigo e se torna mestre. Podemos — e devemos — ir com medo mesmo. É assim que crescemos, evoluímos e nos transformamos.

Porque no fim das contas, o medo só tem o poder que nós damos a ele.

Vem aí, em breve, o livro “A Comunicação que Impacta e Transforma”.

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Especialista em comunicação, mentor, professor de oratória, assessor de imprensa e palestrante.

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