Pesquisar

Direto ao ponto: o ecossistema pelas minhas lentes

Compartilhe

Foto: Nefhar Von Borck / Full Frame Multimidia

Algumas ideias nascem em planilhas bem feitas, outras do improviso, muitas no caos. E é justamente quando nada funciona como deveria, quando o MVP não vinga, o recurso some e a crise criativa bate na porta, que a gente precisa se reinventar. É ali que a inovação acontece, não como glamour de palco, mas como sobrevivência e necessidade.

Foi desse lugar que esta coluna começou.

Não de um pitch perfeito, nem de uma rodada de captação. Começou num daqueles dias em que você olha para o próprio negócio e pensa: 

  • É isso mesmo que eu estou fazendo da minha vida?

Eu não queria desistir, mas precisava reencontrar o norte.

Revisitei minha trajetória como documentarista, publicitário e produtor de conteúdo. As histórias que registrei, os bastidores que acompanhei, as 25 startups transformadas em documentários, a série inteira produzida, o spin-off, as dezenas de marcas atendidas, os tantos eventos e summits pelo Brasil. Um portfólio que poderia ocupar algumas prateleiras de coworkings.

Mas foi num desses desabafos com um parceiro, que outra hora já foi mais parceiro do que naquele dia, que ouvi uma provocação atravessada de ironia:

  • Fez tudo isso mesmo, é? Eu escreveria um livro, hein? rsrsrs

A frase ficou na cabeça. E, por uma dezena de dias e alguns pares de semanas, eu me perguntava quem sou eu para escrever um livro sobre inovação, startups ou ecossistemas. Há tanta gente boa por aí. Eu não sou mentor, nem facilitador, muito menos coach. Sou alguém que registra o ecossistema enquanto ele acontece.

Mas é quando a gente registra que surgem as percepções, a crítica, a construção das histórias. E, justamente por isso, percebi que revisitar esses cases, os bem-sucedidos, os improváveis e os que deram errado, é uma das formas mais honestas de aprender todos os dias. Aprendi muito, continuo aprendendo e ainda pretendo aprender mais com as novas histórias que vou registrar.

É por isso que nasce esta coluna.
Não para criar fórmulas, mas para compartilhar o que vivi e o que vivo de perto todos os dias. Encontros, insights, tropeços, founders teimosos, investidores céticos, hubs de inovação fervendo e projetos que só existem porque alguém decidiu insistir. Da mesma forma que eu continuo fazendo.

Não são crônicas, nem relatos romantizados. São histórias reais, direto ao ponto.

E, se no futuro alguém quiser entender o que acontecia no presente que estamos vivendo e construindo, que encontre aqui o registro de quem viu tudo de perto: o caos, a criatividade e a coragem que movem nosso ecossistema.

Ainda sobre a provocação do colega, se eu realmente fosse escrever e dar título para um livro com todas essas histórias, talvez chamaria de “Histórias para quando meus netos forem startupeiros”. 

Mas, enquanto não os tenho, divido essas histórias com você.

Compartilhe

publicitário, documentarista e fundador da POPS, agência que desenvolve conteúdos de identidade marcante para o ecossistema de inovação de Santa Catarina.

Leia também