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Como tecnologia e eficiência energética se alinham à agenda climática da COP 30

Foto: divulgação

Por Claudio de Pellegrini, Chief Technology Officer (CTO) e diretor sênior de governança de qualidade da Nidec.

A indústria de refrigeração, seja na área residencial ou comercial, está passando por um momento muito importante. Com as mudanças climáticas e os desafios ambientais atuais, sentimos a necessidade de adotar regras mais rígidas para incentivar a redução do uso de energia e minimizar o impacto no aquecimento global, uma realidade que afeta todo o mundo. Por isso, é fundamental criar e usar soluções altamente eficientes, que consumam menos energia e contribuam para reduzir as emissões de carbono, contribuindo para alcançar metas ambientais importantes.

Nesse cenário, a tecnologia inverter, ou de velocidade variável, emblemática na atuação pioneira da marca Embraco na refrigeração, surge como peça-chave. Os compressores que utilizam essa tecnologia ajustam automaticamente sua velocidade conforme a necessidade, otimizando o desempenho e economizando energia.

Os compressores Embraco FMS, fabricados na Nidec ACIM, em Joinville/Santa Catarina, reconhecida no Brasil por sua atuação como indústria carbono-neutra, estão ajudando a democratizar essa tecnologia e a viabilizar projetos de refrigeradores mais eficientes, com menor consumo de energia. Um exemplo disso são os refrigeradores ROC31 PRO e ROC35 PRO, da Esmaltec, que utilizam compressores FMS e são referência em economia segundo o Selo Procel na categoria de refrigeradores com congelador. O refrigerador Esmaltec ROC35 PRO, por exemplo, é considerado o refrigerador com congelador mais econômico do Brasil e consome apenas 16,5 kWh por mês (220V), garantindo máxima eficiência e mais economia na conta de energia dos consumidores.

Além de facilitar o acesso a refrigeradores mais econômicos, o compressor FMS oferece uma grande vantagem: é 30% menor em sua principal dimensão. Essa redução ajuda a diminuir as emissões de carbono, pois permite transportar mais produtos por palete e consome menos recursos na fabricação. Outro ponto a destacar é o uso de refrigerantes naturais. No FMS, o fluido utilizado é o R600a (isobutano), que tem potencial de aquecimento global quase zero e não prejudica a camada de ozônio. Vale lembrar que, em 2024, 77% dos compressores Embraco vendidos no mundo já utilizam refrigerantes naturais.

Nesse contexto, podemos perceber como a tecnologia inverter mostra como a inovação pode apoiar a sustentabilidade, sendo um excelente exemplo do “made in South”. Esse tema será bastante discutido na COP 30, evento de importância mundial, em que estaremos presentes com duas ações. Participaremos do painel “Competitividade, inovação e infraestrutura tecnológica” da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e apoiaremos a presença do Coletivo Joinville Lixo Zero, de Joinville, Santa Catarina.

Ações como essas demonstram que, para a Nidec ACIM, a jornada rumo a uma indústria de refrigeração mais sustentável e eficiente não tem volta. Assim, somos mais do que um agente de inovação, somos uma parte ativa de um ecossistema que busca soluções concretas para os desafios ambientais globais.

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