Santa Catarina vive um dos momentos mais relevantes da sua história no cenário nacional de inovação. Startups mais maduras, hubs mais conectados e uma agenda cada vez mais estratégica têm impulsionado o estado para o centro das discussões.
Dentro desse movimento, poucos nomes conseguem transitar com tanta naturalidade entre negócios, ecossistema, estratégia e impacto quanto Dani Glück.
Conversei sobre mercado, bastidores do South Summit Brazil, warm-ups, parceria com a POPS e o que esperar de 2026.
Para começarmos, queria que você se apresentasse: quem é a Dani Glück hoje e como você está atuando?
Dani Glück: Sou contadora e consultora especializada em planejamento estratégico, aceleração de negócios e posicionamento de mercado. Há mais de quinze anos apoio empreendedores, pequenas empresas e startups a crescerem de maneira estratégica. Hoje trabalho em três frentes principais: consultoria, mentoria e mercado. Na consultoria, ajudo empresas e startups a alavancar seus negócios ou desenvolver suas ideias iniciais, vou da ideação à escala. Também sou Embaixadora de Ecossistema do GB Venture, Aceleradora do Grupo Boticário, e Embaixadora Alumni do South Summit Brazil. Atuo em programas da ABStartups atendendo startups de todas as fases, além de mentorias para jovens em iniciativas como o Desafio Liga Jovem do Sebrae e o Comitê Jovem do Sicredi. No ecossistema, contribuo com curadorias, conexões e iniciativas que fortalecem ambientes colaborativos. Desenvolvi diversos eventos, inclusive com a POPS, especialmente com os WarmUps do South Summit Brazil, parceria que já caminha para o quarto ano. Meu propósito é impulsionar negócios e fortalecer novos empreendedores combinando estratégia, inovação e impacto.
Nós atuamos juntos no South Summit Brazil por três anos. Como essa experiência te transformou, especialmente como representante de Santa Catarina e agora como embaixadora alumni?
Dani Glück: Atuar no South Summit Brazil é apaixonante. Representar Santa Catarina em um dos maiores eventos de inovação da América Latina é algo que me realiza profundamente, e viver isso com a POPS torna tudo ainda mais especial. O SSB me permitiu uma imersão profunda no ecossistema gaúcho. Visitei parques tecnológicos como o TecnoPUC e o Instituto Caldeira e pude ver como o Rio Grande do Sul se reinventou em inovação, colaboração e ambição. Mas o que mais me marcou foi acompanhar a resiliência do ecossistema após a tragédia das enchentes. Em vez de recuar, o estado se reorganizou, criou novas conexões e mostrou uma força inspiradora. Isso me fez refletir sobre governança, impacto coletivo e o poder dos ecossistemas. Como embaixadora e agora como alumni, o SSB me abriu portas e novas conexões que continuam reverberando.
Nas últimas edições, organizamos juntos os warm-ups do South Summit Brazil. Qual a importância deles para o ecossistema catarinense?
Dani Glück: Os warm-ups são essenciais porque aproximam Santa Catarina do South Summit Brazil de forma estratégica e acessível. Muitas startups ainda não têm dimensão do que é o SSB, diferente de qualquer outro summit no país, e os warm-ups permitem traduzir essa experiência antes de chegar a Porto Alegre.
Em 2025, mais de 25 mil pessoas passaram pelo evento, uma vitrine gigantesca para quem constrói algo inovador. Além disso, os warm-ups criam uma ponte concreta: apresentamos oportunidades, compartilhamos histórias de quem já participou e desmistificamos o processo de inscrição. Para muitas startups, é o momento em que percebem que o SSB não é só um grande evento, mas uma chance real de crescimento, networking e até participação no Startup Competition. Quando nos aproximamos das startups locais com esse cuidado, Santa Catarina chega mais preparada, forte e representativa.
No meio de tantos parceiros possíveis, por que você escolheu construir essa parceria conosco e mantê-la tão forte ao longo dos anos?
Dani Glück: A POPS deixou de ser apenas um parceiro e se tornou um amigo, daqueles que entregam profundidade, qualidade e trabalham com histórias reais. Sempre admirei a capacidade do Felipe, da POPS, de transformar histórias em conteúdo de valor, e isso conversa diretamente com o propósito do South Summit Brazil. A extinta série Making Of Startup é um exemplo perfeito: revela o que existe por trás de cada negócio inovador, exatamente o espírito do SSB. A parceria se manteve forte porque nasceu do alinhamento de propósito e foi fortalecida por relacionamento, confiança e entrega real de valor. E já estou sabendo que vem série nova por aí, sei que você não para de criar, verdade?
Bom, sem spoiler (risos)… 2026 é logo ali. Estamos chegando ao fim de 2025. O que você enxerga para 2026, para o ecossistema e para a sua atuação profissional?
Dani Glück: 2026 será um ano desafiador, mas também um ano de muitas oportunidades. Já finalizei meu planejamento estratégico e enxergo movimentos importantes acontecendo. Santa Catarina deve ganhar ainda mais relevância nacional, com hubs mais integrados, startups mais maduras e um ecossistema cada vez mais protagonista. E o ano já começa forte, em fevereiro estou apoiando dois grandes eventos em Floripa. Um deles já confirmado, no dia 5 de fevereiro o Grupo Boticário desembarca com o GBV on the Road.
Vejo 2026 como um ciclo de novas agendas, novos negócios e novas conexões. Tenho certeza de que será mais um capítulo forte da parceria Dani Glück + POPS, com muito espaço para gerar impacto pelo Brasil inteiro.