Em um cenário onde a qualidade da informação se tornou pré-requisito mandatório para projetos de inteligência artificial (IA), a operação brasileira da Akquinet consolidou-se em 2025 como o principal motor de crescimento do grupo alemão em todo o mundo, que prevê fechar este ano fiscal com faturamento superior a R$ 1 bilhão.
Especializada em soluções de governança de cadastros, encerra o ano com uma expansão de 19,6% em sua receita local, comparada a de 2024. Este é o quinto ano consecutivo de avanço de dois dígitos.
Com quase 30 escritórios espalhados pelo mundo, possui projetos em 37 países. No consolidado global, a estimativa do grupo é fechar o ano fiscal com faturamento superior a R$ 1 bilhão.
De acordo com o CEO da Akquinet Brasil, Leonardo Libardi, o desempenho positivo resulta da combinação de crescimento orgânico, reforço do portfólio e avanço em projetos de governança de cadastros, tema que voltou ao centro das prioridades de grandes companhias com a corrida por eficiência operacional, compliance e iniciativas de inteligência de dados:
“As grandes corporações têm redirecionado orçamentos para o saneamento e padronização de seus dados mestres, ou seja, as informações críticas sobre clientes, fornecedores e materiais, estão sendo tratadas como algo fundamental antes da execução de projetos de implementações de sistemas de gestão e migrações de versões mais atualizadas de seus ERPs, isso sem falar da adoção de projetos de IA”.
Estudos recentes de mercado corroboram essa tendência: relatórios globais apontam que o setor de MDM deve movimentar aproximadamente US$ 7,5 bilhões até 2030 somente falando da América Latina, crescendo a uma taxa composta anual (CAGR) superior a 17,3%.
Ele conta que o ano representa um ciclo de amadurecimento do portfólio da empresa, com destaque para o lançamento de novas soluções baseadas em IA aplicadas à governança de cadastros:
“Além disso, consolidamos parcerias estratégicas relevantes, ampliando nossa capacidade de entrega e fortalecendo a oferta de serviços especializados integrados às nossas plataformas, tanto para SAP quanto para outros ERPs”.
A diversificação da carteira de clientes foi outro fator determinante para o balanço positivo no Brasil. Durante o ano, a empresa firmou contratos estratégicos em setores altamente regulados, como o farmacêutico e o agronegócio.
Entre os novos contratos, destacam-se a farmacêutica Cimed e a cooperativa agroindustrial Cotrijal. Atualmente, a empresa conta com uma carteira de clientes ativos com mais de 40 empresas de grande porte no país.
“Nossas tecnologias funcionam como um guardião dos dados, impedindo a entrada de informações duplicadas ou incompletas nos diversos sistemas das empresas”, resume.
2026: mais um ano de expansão em vista
Olhando para o futuro, a unidade local traçou metas agressivas para o próximo ciclo fiscal. O planejamento para 2026 prevê um crescimento de 25% na operação brasileira, percentual acima da média projetada para o setor de TI tradicional.
Para o CEO, a estratégia para atingir esse número baseia-se na continuidade dos investimentos em inovação e no fortalecimento do time consultivo, visando atender clientes com alto nível de exigência em governança:
“A aposta recai sobre um modelo híbrido que combina receita recorrente de soluções SaaS com projetos on-premise de maior valor agregado, criando bases para um fluxo de caixa sustentável a longo prazo”.