Cinquenta histórias foram contadas em um livro que comemora 50 anos do Conselho Federal de Medicina Veterinária, incluindo um case do Moacir Tonet, que esteve à frente do Conselho Regional de Medicina Veterinária em Santa Catarina.
Confira abaixo o relato:
Se tem algo que Moacir Tonet bateu o pé para conseguir foi ser presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV-SC). Formado pelo Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Lages, e com mais de vinte anos de
profissão, ele saiu de Rio Oeste (SC), onde trabalhava, para participar de uma reunião na Sociedade de Medicina Veterinária de Santa Catarina (Somevesc). Foi logo anunciando que disputaria a eleição do
conselho regional, e que só aceitava concorrer como presidente.
“Estava cansado de termos apenas presidentes da capital. Queria que os médicos-veterinários do interior tivessem maior representatividade. Havia outros candidatos na reunião e buscamos compor uma chapa. Na hora, falei: ‘Não sei quem vai concorrer, mas eu sei que eu vou e que será para presidente'”, lembra.
Deu certo. Foi presidente três vezes e, além da aproximação com os profissionais do interior, trouxe mais transparência à administração, intensificou a fiscalização contratando oito fiscais, instalou cinco
delegacias regionais, deu mais visibilidade aos profissionais e à profissão; e comprou a sede da delegacia de Lages, bem como 43% do prédio que a sede do CRMV-SC ocupa hoje.
Para fazer o curso superior, Moacir chegou a financiar os estudos pela Caixa Econômica Federal. Com especialização em grandes animais, especificamente em sanidade animal e bovinocultura de leite, seu
primeiro trabalho foi na Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), onde ficou por 33 anos, chegando a ser gerente regional da empresa. Foi ainda vice-prefeito de Laurentino (SC).
“Devo tudo o que vivi à Medicina Veterinária. Vim de uma família pobre. Saí de uma cidade com apenas cinco mil habitantes. Tenho oito irmãos e fui o único a fazer faculdade”, diz.
Atento aos desafios do futuro, Moacir afirma que o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) deve se aproximar mais dos profissionais e divulgar com mais intensidade para a sociedade o papel dos médicos-veterinários: “além de continuar julgando os processos de forma ética”.
Nas horas vagas, quando não está ajudando no negócio da família, Moacir ama viajar, de preferência de carro.
“Já fui para vários lugares da América Latina de carro, como Machu Picchu (Peru), e em janeiro vou para Cartagena, na Colômbia, também de carro”.