Santa Catarina fechou o ano passado com 6.300 novas usinas fotovoltaicas (UFV), somando no acumulado 17.797, o que representa 214.89 MW de potência instalada.
Os dados são do painel da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o resultado garante o sétimo lugar no ranking estadual dos maiores produtores de energia por radiação solar.
Entre os municípios, os três com maior capacidade instalada são Blumenau, Joinville e Florianópolis.
Conforme o engenheiro Julio Cesar Ferreira da Silva, gerente da Quantum Solar, desde 2012 os investimentos no setor no Brasil já somam mais de R$ 36,5 bilhões, superando a marca de 219 mil empregos criados, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
“Isso significa mais de R$ 10,8 bilhões em arrecadação de tributos e mais de 1,1 milhão de toneladas de CO2 que deixaram de ser lançadas no meio ambiente”, destaca.
De acordo com levantamento da Absolar, a energia solar fotovoltaica centralizada representa 1,6% da matriz energética brasileira, somando 2.989 MW de potência instalada.
A busca crescente pela energia solar baseia-se, principalmente, em dois pilares: econômico e ambiental.
“O tempo que o valor do investimento leva para retornar na forma de economia na conta de luz, o chamado payback, é de cerca de cinco anos”, explica o gerente.
Outro bom argumento é que esses projetos podem ser adotados por pequenos, médios ou grandes negócios, com instalação podendo ser feita em telhado, solo ou, até mesmo, sobre a água. A demanda de manutenção é baixa, sendo que as placas fotovoltaicas duram até 25 anos, não fazem barulho nem geram poluição.
Confira abaixo os 15 municípios catarinenses em potência instalada até 31/12/2020:
1) Blumenau – 10.163,70 kW
2) Joinville – 8.594,42 kW
3) Florianópolis – 8.433,95 kW
4) Jaraguá do Sul – 8.113,72 kW
5) Concórdia – 6.598,82 kW
6) Itajaí – 5.022,29 kW
7) Chapecó – 4.700,27 kW
8) Tubarão – 4.406,18 kW
9) Gaspar – 4.137,56 kW
10) Brusque – 3.689,59 kW
11) Xaxim – 3.306,21 kW
12) Xanxerê – 3.306,21 kW
13) Rio do Sul – 2.889,07 kW
14) Braço do Norte – 2.850,16 kW
15) Mafra – 2.809,55 kW
Aluguel de usinas é a tendência
Gilberto Vieira Filho, presidente do grupo Quantum Engenharia, conta que a tendência para os próximos anos é a modalidade de locação, que pode ser adotada tanto em projetos do setor público, quanto privado:
“A principal vantagem da locação de uma usina solar é o fato de o cliente não necessitar fazer um alto investimento na construção e na manutenção do projeto, pagando apenas um valor mensal para receber a energia limpa em seu empreendimento”.