A área de tecnologia vai continuar na dianteira de oferta de empregos em 2020.
Além de vagas diretas no setor, a busca também está grande por pessoas que atendam demandas que surgem em decorrência das transformações digitais em todos os setores.
O Guia Salarial da consultoria Robert Half 2020 aponta as principais tendências de recrutamento para o próximo ano em diferentes áreas, e destaca que saem na frente os profissionais que buscam agregar mais valor para a função que executam e os negócios da empresa, além de se manterem atualizados quanto às inovações tecnológicas.
Confira cinco profissões pra ficar de olho em 2020 e o que faz cada uma delas:
Analista de Business Intelligence (BI)
O analista de BI tem a função de interpretar dados de diferentes origens, transformando hipóteses de negócios em planos de ação por meio de relatórios e painéis de dados acessíveis. Vaga bastante requisitada este ano, a procura por analistas de BI deve continuar grande em 2020.
“As empresas estão buscando esses profissionais devido às suas capacidades analíticas, pois com base nas análises é possível identificar oportunidades de melhoria nos processos e produtos da empresa”, explica Normélio Schneider Jr., cientista de dados na Supero Tecnologia, empresa especializada em soluções em TI.
Supply Chain Manager
Posição estratégica dentro de uma empresa, o gerente de Supply Chain tem a função de cuidar de todas as etapas da cadeia de suprimentos.
Com uma boa gestão de supply chain as empresas conseguem otimizar seus processos, diminuindo estoques e reduzindo custos operacionais.
Na área de logística, é o responsável por garantir que os produtos sejam entregues aos clientes de forma eficiente, ou seja, com um bom prazo e um bom preço.
Esse profissional precisa ter uma visão estratégica de todo o negócio e estar atento às tecnologias que surgem para otimização das demandas.
“Com a popularização do e-commerce, um desafio grande para as empresas é garantir bons preços e prazo para os consumidores e o Supply Chain Manager tem um papel fundamental nesse processo de integração. É uma função essencial principalmente em grandes empresas que tem uma demanda logística complexa ”, explica Ricardo Hoerde, CEO da Diálogo Logística, empresa especializada em entregas de itens leves para e-commerce.
Profissional Agile
No ramo da tecnologia, os profissionais inseridos no mundo da Metodologia Ágil e que buscam conhecimento por conta própria vão ganhar mais espaço em 2020.
Esses profissionais possuem bastante experiência em metodologias ágeis e têm a função de treinar e auxiliar as equipes para melhoria dos processos e projetos dentro das empresas, sendo um agente de transformação.
Fábio Trierveiler, Lean-Agile Leader na Supero Tecnologia, destaca que é necessário estar se atualizando constantemente para desempenhar este papel:
“Nossa função é incentivar e oferecer ferramentas para que se erre mais rápido, no sentido de que eventuais falhas sejam percebidas no início dos projetos e corrigidas rapidamente, não só na fase de execução, quando o custo é muito maior”.
Engenheiro de software
Apesar de não ser uma nova área de atuação, a parte da engenharia que atua com Pesquisa & Desenvolvimento de software ainda tem muito a ser explorada.
Com vagas sobrando no mercado, profissionais com essa capacidade estão cada vez mais requisitados, visto a introdução crescente de tecnologia nos negócios e empresas.
Para a startup Motoboy.com, pioneira no setor de entregas ultra-rápidas, a plataforma só pode ser desenvolvida com sucesso pela presença de profissionais P&D.
“Toda empresa de software precisa de desenvolvedores, seja para implementar novas funcionalidades ou manter o software em funcionamento”, relata o CEO da empresa, Jonathan Pirovano.
Especialista em Segurança da Informação
Em agosto de 2020, está prevista a implementação da Lei Geral da Proteção de Dados (LGPD) e, por isso, empresas vão precisar se adequar e ter um especialista em segurança de dados.
A Unifique, operadora do Vale do Itajaí, sediada em Timbó, trabalha com a proteção de dados por meio de seu data center, em processo de certificação Tier III.
“Estamos falando do bem mais precioso de uma empresa. E o Brasil é o terceiro país que mais sofre com ataques cibernéticos”, destaca Odilon Pscheidt, gerente comercial de data center.