O pesquisador Luís Adriano Funez encontrou uma planta florida e esquisita em uma trilha no Morro da Igreja, em Urubici. Ele e os colegas resolveram estudá-la e descobriram que era rara e estava em extinção.
Um ano depois, a Delairea aparadensis foi nomeada em artigo publicado na revista científica Phytotaxa e a nova espécie já é considerada criticamente ameaçada.
O pesquisador é doutorando do Programa de Pós-graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e o estudo que resultou nessa descoberta recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc).
A planta é tão diferente que foi classificada no gênero Delairea, endêmico na África. Com a descrição, ela passa a ser a segunda espécie do gênero e a primeira da América Latina. Há uma possibilidade, inclusive, de que seja um novo gênero.
“Vamos analisar a biologia molecular da planta, que vai nos ajudar a desvendar onde ela pode se encaixar ou se é algo novo, que é a maior possibilidade”, explica o pesquisador, que encontrou a nova espécie junto com Gustavo Hassemer, professor de Botânica na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
O artigo também é assinado por Nivaldo Peroni, do Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC, e Elisandro Drechsler-Santos, do departamento de Botânica da universidade.