O mercado de energia solar fotovoltaica cresce no Brasil. De acordo com informações da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a projeção para este ano é de um aumento de 68% em relação à potência atual.
Até dezembro, o país deve atingir 12,56 gigawatts (GW) de capacidade instalada. E, no embalo dessa tendência, o poder público também está aderindo a esta nova tecnologia, mais limpa, sustentável e econômica.
Em Curitiba, no Paraná, o prédio da prefeitura é um dos exemplos. Desde o início deste ano, passou a gerar parte da energia consumida com placas fotovoltaicas instaladas no telhado do prédio.
Com 439 painéis e o uso de lâmpadas LED, a pretensão é reduzir em até 50% o valor da conta de energia elétrica.
O projeto tem capacidade total de 144,87 kWp, e o payback, tempo necessário para pagar o investimento com a economia na conta de energia, será de sete anos.
“Além de ser considerada uma das melhores fontes para a geração de energia elétrica, frente às demais fontes renováveis, a energia solar fotovoltaica é uma alternativa para expansão da oferta de energia com menor impacto ambiental. Ela não gera resíduos poluentes”, destaca Thiago Müller Martins, gerente do departamento de Distribuição e Transmissão de Energia da Quantum Engenharia.
De acordo com com ele, ao fomentar a energia solar fotovoltaica, o poder público ainda contribui com a meta brasileira de redução de gases de efeito estufa e com a economia nas suas contas de energia elétrica:
“Instituições que apostam nesta fonte constatam a redução de despesas, além de ganhar valores perante a sociedade, como o de ter consciência socioambiental”.
O poder público de Santa Catarina também não fechou os olhos para os benefícios da tecnologia. O prédio da reitoria da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Florianópolis, tem instalado 156 painéis de 325 Wp, o que significa uma potência instalada de 50,70 kWp.
A instituição também substituiu 1,1 mil lâmpadas comuns pelas de tecnologia LED, gerando uma economia de 48% na conta de energia. O payback é de até oito anos.
Ainda na capital catarinense, a Superintendência Regional da Polícia Federal aderiu ao sistema, que está operando desde 2018.
Com a colocação de 120 placas fotovoltaicas,o sistema gera 42.244 kWh/ano. O ganho ambiental em um ano será equivalente a 693 unidades de árvores plantadas, além de deixar emitir 21.043 kg de CO² na natureza e 202.793 km de poluentes produzidos por automóveis.
Municípios pequenos também podem investir na energia solar fotovoltaica. Os 6,4 mil habitantes da cidade de Itá, no Oeste de SC, também são beneficiados.
O município apostou no uso de LED na iluminação pública e em 24 prédios públicos. Neste ano, instalou dois sistemas de geração fotovoltaica em prédios públicos da cidade. O
município irá economizar, aproximadamente, R$162 mil por ano nas faturas de energia elétrica, o que representará uma redução de cerca de 70% na conta.
“A tecnologia envolvida nos sistemas fotovoltaicos vem avançando ano após ano, trazendo mais eficiência, sustentabilidade e economia a quem decide investir nela. Isso não é diferente para os cofres públicos, que têm a vantagem de fazer processos licitatórios para adquirir o que se tem de melhor no mercado por um preço justo, fazendo o seu investimento se pagar em menos tempo e gerando economia não só ao órgão licitante diretamente, mas também à população, indiretamente”, explica o superintendente.