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No mundo dos negócios, o poder feminino já é uma realidade global

Foto: divulgação

Por Simone Gallo, mestre em direito constitucional pela PUC-SP, com MBA em Gestão Empresarial pela FGV e Ohio University, e consultora da Condurú Consultoria.

Embora seja um fenômeno ainda lento, alçar as mulheres ao topo do comando tem significado mais do que um discurso de boas práticas dentro do universo corporativo.

O poder feminino tem feito crescer a performance financeira das empresas, e isso, aos poucos, vem mudando a forma como as corporações encaram a questão da igualdade de gêneros.

Se até bem pouco tempo atrás dar oportunidades iguais a profissionais do sexo masculino e feminino era importante como política de marketing, hoje isso começa a fazer parte da estratégia das empresas para aumentar seus lucros.

De acordo com um relatório recente do Boston Consulting Group (BCG), as mulheres empreendedoras podem aumentar o Produto Mundial Bruto em US$ 5 trilhões, o que corresponde a duas vezes o PIB do Brasil.

Seja na Europa, Ásia, África, América ou Oceania, as corporações que têm alguém de saia e salto alto à frente dos negócios vêm se mostrando vitoriosas em seus respectivos mercados, projetando crescimentos em média 21% maiores em suas performances financeiras, de acordo com a consultoria Mckinsey. 

Isso quer dizer que a mulher no poder, hoje, é uma realidade que toma conta do universo corporativo de forma global, seja nos pequenos negócios ou nas grandes corporações.

Segundo um estudo do International Business Report (IBR), a presença das mulheres em cargos de liderança vem crescendo, em média, 12% nos últimos anos, o que mostra que esse fenômeno tende a ser um caminho sem volta.

O Brasil, felizmente, vem acompanhando essa movimentação global dentro do universo corporativo. De acordo com o mesmo relatório do IBR, somos o 10º país no mundo com mulheres em cargo de liderança.

Nosso país soma, hoje, mais de 24 milhões de mulheres empreendedoras e as projeções indicam que, até 2030, a participação feminina no mercado de trabalho, aqui, será maior que a dos homens.

Ao redor do mundo, seja liderando grandes empresas ou como donas de seus próprios negócios, a presença mais efetiva das mulheres no universo corporativo é uma realidade e tem se mostrado crucial neste momento em que a economia global vive uma de suas piores crises, provocada pela pandemia do coronavírus.

E mesmo que esses números animadores, nem de longe, signifiquem o fim de um ciclo de luta pelo empoderamento feminino no mercado de trabalho, ninguém mais duvida de que a igualdade de gêneros seja uma saída para o crescimento econômico mundial.

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