Na semana passada, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou o cultivo comercial da macroalga Kappaphycus alvarezii no litoral de Santa Catarina.
O produto, utilizado principalmente na indústria farmacêutica e alimentícia, é altamente valorizado no mercado e pode ser combinado com o cultivo de ostras, mexilhões e vieiras.
“Mais uma boa notícia para o agronegócio catarinense. Os maricultores terão mais uma alternativa de renda”, comemora o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo de Gouvêa.
A Instrução Normativa autoriza o cultivo comercial entre os municípios de Itapoá e Jaguaruna.
Pesquisa
Os estudos para o cultivo de macroalgas em Santa Catarina começou em 2008 numa parceria entre Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
A Epagri/Cedap mantém dois cultivos experimentais de Kappaphycus alvarezii em Penha e Governador Celso Ramos e as negociações para autorização da produção foram retomadas no último ano.
Maricultura em Santa Catarina
Santa Catarina é o maior produtor de moluscos do Brasil.
São 565 maricultores distribuídos em 11 municípios e gerando cerca de 2 mil empregos diretos.
Em 2017, a produção girou em torno de 13,7 mil toneladas de mexilhões, ostras e vieiras.
O estado é o único do país que realiza o monitoramento permanente das áreas de cultivo.
O Programa Estadual de Controle Higiênico Sanitário de Moluscos é um dos procedimentos de gestão e controle sanitário da cadeia produtiva, dando garantia e segurança para os produtores e consumidores.