O valor de mercado da Meta, empresa-mãe do Facebook, Instagram e Whatsapp, despencou mais de 25% nos últimos dias, após a empresa revelar a primeira queda no número de pessoas conectadas às suas redes sociais.
A desvalorização de mais de 200 bilhões de dólares é a maior queda de ações de uma empresa em um dia na história.
Como justificativas, foram levantadas pelos gestores da corporação a concorrência do Tik Tok e as novas regras de privacidade da Apple.
Será que é apenas uma turbulência ou sinal de uma tendência maior, de longo prazo?
Nos últimos anos, o Facebook enfrentou vários percalços, depois que foram reveladas atitudes reprováveis da empresa em várias frentes.
Atitudes como a falta de respeito com a privacidade dos usuários, uso de estratégias excessivamente agressivas contra concorrentes, além de todo o caso de suposta manipulação da opinião pública nos Estados Unidos e diversos países, inclusive no Brasil, geraram desconfianças generalizadas e, neste momento, estão cobrando um preço alto.
O fato é que, quando a corporação se prepara para uma grande mudança de paradigma, com foco total na criação de um Metaverso, parece que as consequências dessas atitudes começam a surgir.
Será que as redes sociais estão chegando num ponto de saturação? Ou é apenas um percalço que será rapidamente superado?
Difícil de prever agora. Mas, tomara que esse problema seja a oportunidade para a Meta e suas subsidiárias reverem sua posição no mundo, e passarem a dar mais atenção à privacidade, ao respeito com a dignidade humana e à construção de uma sociedade melhor, a partir do uso da tecnologia.
O que seria, na verdade, uma volta ao propósito original do Facebook, de conectar o mundo, que acabou se perdendo ao longo do tempo, quando foi substituído pela ganância sem limites e o foco exclusivo no crescimento, sem medição de consequências.
É possível que ainda haja tempo para a Meta reverter essa situação. Vamos aguardar e ver.