O céu não foi o limite para a obstinação da jovem Rosa Maria Miranda. Aos 14 anos, a aluna do nono ano do Ensino Fundamental do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é apaixonada por Astronomia, ciência que estuda os corpos celestes do universo, e pode ter descoberto sete novos asteroides.
Ela é integrante do projeto O Caça Asteroides MCTI, programa em parceria entre o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações e o International Astronomical Search Collaboration (IASC) da Nasa, a agência espacial norte-americana. Com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a iniciativa tem como propósito popularizar a ciência entre cidadãos voluntários.
Ela descobriu, até o momento, sete possíveis asteroides. Essa detecção preliminar é catalogada somente após uma análise minuciosa.
Os relatórios da estudante serão revisados e validados pelo IASC e, então, submetidos ao Minor Planet Center (MPC), em Harvard, no Estados Unidos.
Com o tempo, se as detecções dela forem confirmadas por observações adicionais feitas por grandes pesquisas do céu (por exemplo, Pan-STARRS, Catalina Sky Survey), elas podem se tornar descobertas e ser numeradas pela IAU, entidade que faz o anúncio oficial quando há uma comprovação.
Todo este processo, desde a primeira detecção até o status de descoberta, leva de 6 a 10 anos. E, uma vez reconhecida, o descobridor do asteroide pode sugerir um nome de batismo à IAU.
Texto: Maykon Oliveira, jornalista da Agecom/UFSC.