A história de parceria romântico-empreendedora de Jaison Göedert, de 43 anos, e Ioná Magali Marian, de 36 anos, começa por volta dos anos 2000, quando ambos eram revendedores de smartphones em uma companhia de telefonia.
Essa relação se concretiza em 2005 com uma união matrimonial e, em 2010, com a inauguração da Cissa Magazine, que iniciou como uma loja online para a venda dos celulares excedentes, recusados pelos clientes e rejeitados pela empresa que trabalhavam.
Neste primeiro empreendimento, que chegou a movimentar mais de R$ 1 bilhão, sentiram na pele os desafios de uma operação de e-commerce com ferramentas descentralizadas.
Então, em 2014, cofundaram a Magazord como uma empresa desenvolvedora de software para sua loja virtual.
Pouco tempo depois, em 2017, realizaram com um pivot completo de varejista para negócio B2B em e-commerce.
A empresa sustentou essa mudança sem nenhum investimento externo e aperfeiçoou as funcionalidades da plataforma com seis clientes testers.
Ao fim de 2019, o empreendimento atingiu a marca de 80 clientes pagantes, e isso foi apenas um prelúdio do que estaria por vir.
No contexto de transformação digital impulsionado pela pandemia, a solução de plataforma de e-commerce da empresa expandiu o número de clientes para 1 mil no início deste ano, representando um crescimento de 1.250%.
Atualmente, o diferencial consiste na oferta de um serviço completo para gestão operacional de lojistas, incluindo um ERP integrado e nativo.
A empresa tem como objetivo crescer em 110% o número de clientes e atingir R$ 1 bilhão em GMV (Volume Bruto de Mercadoria).
Além disso, pretende expandir sua atuação no Rio de Janeiro e Espírito Santo, bem como estuda a inclusão de representantes indiretos na região Nordeste.
“Apesar do serviço ser para e-commerce, muitos clientes potenciais possuem uma operação física e valorizam negociações presenciais. Por isso, investimos muito na contratação de representantes para nossa expansão”, explica o empresário.
Para atingir essas metas, a empresa segue ampliando seu quadro de funcionários. De 2019 ao fim de 2021, a empresa saiu de 25 para 182 colaboradores, representando 628% em novas contratações.
A longo prazo, a visão de futuro da empresa inclui lançar uma Oferta Pública Inicial (IPO), em 2025, na Bolsa de Valores.
“Somos de Rio do Sul, um município que fica fora do eixo tech do estado, mas estamos trilhando um caminho para sermos reconhecidos em todo o Brasil”, afirma.