Especialista em marketing, vendas e gestão de comunidades, mãe do Lucas, fundadora e CEO da B2Mamy. Dani Junco transformou sua dificuldade de voltar ao mercado de trabalho após ter se tornado mãe em solução para outras mães e mulheres que desejam empreender.
Através da capacitação, ela acredita que é possível contribuir para diminuição do gap de gênero existente no mercado e, seguindo esse propósito, sua empresa já capacitou e conectou mais de 10 mil mulheres.
Ela é a quarta entrevistada da série especial de um dos maiores eventos de inovação, tecnologia e empreendedorismo do Brasil, o Startup Summit, que acontece nos dias 4 e 5 de agosto, em Florianópolis.
Confira a entrevista exclusiva ao Economia SC:
O que podemos esperar da sua palestra no evento?
Dani: Irei participar de um painel sobre inovação e diversidade com outros players do ecossistema. Para falar sobre esses temas irei levar alguns dados atuais do mercado, trazendo cases para provocar e inspirar transformações no setor.
Qual foi o start para você criar a B2Mamy e quais os principais marcos até o momento?
Dani: A ideia surgiu de um próprio desconforto meu. Depois do nascimento do Lucas, meu filho, em 2015, eu fiz um desabafo nas redes sociais, no qual eu perguntei: tem alguém aí perdida e confusa em equilibrar a maternidade e a vida profissional? Vamos tomar um café? Em seguida, fui surpreendida por mais de 80 mulheres que chegaram para esse café a fim de debater essas questões. Vendo essa grande procura, em junho do mesmo ano nasce a B2Mamy, que surgiu com encontros de mulheres confusas com a vida profissional e que se consolidou como a primeira aceleradora do mundo focada em desenvolver o lado empreendedor das mães na área de tecnologia e startups.
Você se tornou referência quando o assunto é carreiras, empreendedorismo e negócios envolvendo maternidade e o universo feminino. Qual seu propósito nesses campos?
Dani: Tornar mulheres líderes e livres economicamente para tomar decisões conscientes sobre si e sua família. Mulheres com liberdade financeira para construir um mundo igualitário é a única forma que entendo que pode dar certo. Capacitação, empreendedorismo e empregabilidade são os pilares para esses números mudarem.
Quais foram as principais dificuldades nessa jornada?
Dani: A principal foi o viés de fraqueza que as mães têm no mundo corporativo e que não foi diferente no de startups.
Qual a importância do networking para mulheres que empreendem?
Dani: Networking bem feito economiza tempo e dinheiro porque corta caminhos. É essencial fazer, nutrir e multiplicar. E isso se faz doando mais do que recebendo.
Quais são suas dicas para quem quer ser dona do seu próprio negócio?
Dani: Entenda seus recursos de tempo, dinheiro e rede de apoio no momento zero. Aí sonhe grande e comece pequeno. Seja gentil com as pessoas e agressiva com os números. Eles que farão dar tudo certo ou tudo errado. Conheça gente que está na arena e se conecte a comunidades.
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