O elevado consumo de podcasts no Brasil abriu espaço para que líderes de empresas entrem no campo das produções do formato para humanizar os negócios.
De acordo com pesquisa divulgada neste ano pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), o público deste nicho cresceu mais de 132% na pós-pandemia.
O número de brasileiros que consomem os programas de áudio passou de 17 milhões, em 2019, para 41 milhões de ouvintes este ano.
O especialista em marketing humanizado e CEO da Studio Said, Felipe Dias, acredita que os líderes de empresas estão adentrando a cultura dos podcasts para gerar empatia e identificação do público de forma direta e efetiva:
“Ouvir a voz de um líder tem mais efeito do que imagens e palavras. É preciso saber aplicar os elementos humanos se a linguagem for somente focada em recursos visuais. O podcast faz isso de forma muito mais transparente, pois surge como uma alternativa de comunicação que permite uma percepção real do outro”.
O Brasil atualmente é o terceiro país que mais consome podcasts em todo o planeta, segundo pesquisa da plataforma CupomValido.com.br, com dados da Statista e IBOPE.
Desse modo, os CEOs estão vendo a popularidade dos podcasts não somente como uma tendência, mas como uma forma de gerar novas impressões.
“Os líderes do mercado notaram que ser visto como ‘uma pessoa importante de roupas sociais’ não têm o mesmo significado. Os podcasts não só podem suavizar a visão popular do que é um chefe, mas também podem inspirar ouvintes”, complementa.
Apesar dos efeitos de edição que são aplicados para tornar o produto final mais sofisticado, a gravação de um podcast ocorre de forma aberta e espontânea pelo fato da voz ser a ferramenta protagonista.
“O podcast é uma ponte para a cultura do ouvir, que é algo que estamos fazendo ativamente no período pós-pandêmico. É uma forma de trazer maior harmonia para relações externas”, explica.
As principais orientações para humanização de empresas geralmente se baseiam em estratégias que aproximem os consumidores de percepções menos brutas e mais reais dos negócios.
Como forma de suavizar o olhar mecanizado de uma marca, equipes investem em storytellings e relatos biográficos para promoverem a história das empresas.
Com o sucesso dos programas de áudio, os nomes por trás do direcionamento de empresas aplicam em suas rotinas conteúdos neste formato para agregar às estratégias corporativas e comunicacionais.