As empresas são fundamentais para o combate às mudanças climáticas, já que podem desenvolver tecnologias e difundir ideias inovadoras para mitigar o problema e, ao mesmo tempo, incentivar negócios e investimentos positivos.
Um levantamento da Bloomberg mostra que o mercado global de ESG está estimado hoje em mais de US$ 30 trilhões. Até 2025, o setor deverá movimentar US$ 53 trilhões.
Pensando nisso, a empreendedora e especialista em Sistema B, Julia Maggion, e os investidores Raymundo Magliano Neto, ex-CEO da Magliano Corretora e co-fundador da Expomoney, e Humberto Matsuda, co-fundador da Performa Investimentos e fundador da Matsuda Invest, criaram a Ateha, hub de impacto para soluções climáticas.
Para marcar o lançamento da empresa, o grupo reuniu convidados em um evento no Instituto Seiva, em Florianópolis.
O encontro contou com uma roda de conversa sobre negócios, startups e questões ambientais e climáticas, com a participação da CEO da Ateha, Julia Maggion, e de Flavia Bellaguarda, advogada e mestre em Justiça Climática pela University of Birmingham e fundadora do Youth Climate Leaders e LACLIMA, Igor Botelho, fundador e CEO da Ferttil Ecosystem e Help New Zealand e co-fundador da Mandalah, Lucas Olivella, co-fundador da Kombuchas Bhagavan, Paula Scherer, fundadora e CEO do Ekuia Food Lab, e Márcio Reis, co-fundador da Açaí Juçara Barbacuá.
O Ekuia Food Lab é um dos negócios que já estão sendo fomentados pela Ateha. O novo laboratório tem o objetivo de valorizar a biodiversidade da Amazônia e regenerar a floresta por meio do impulsionamento de negócios e do fortalecimento de uma nova economia com a criação de produtos alimentícios. O espaço irá funcionar em Manaus.
Já o Açaí Juçara Barbacuá, que também está sendo acelerado, trabalha com o fruto da palmeira-juçara, planta típica da Mata Atlântica. A produção acontece de forma social e ecologicamente sustentável, orgânica e com a utilização de embalagens biodegradáveis e compostáveis.
“Queremos incentivar e apoiar empreendedores e pessoas que criam novas soluções escaláveis para as mudanças climáticas. A intenção é transformar ideias que geram impacto positivo para o meio ambiente em negócios viáveis e lucrativos, que atraiam investidores e possam crescer, criando um novo nicho econômico em sintonia com o planeta”, afirma Julia.
Para isso, é necessário oferecer aos empreendedores formação sobre negócios pelo clima, além de ajudá-los a desenvolver estes negócios.
“Os governos ainda não perceberam que a tecnologia e inovação para soluções climáticas tem alto potencial de negócio e de geração de resultados, tanto financeiros quanto ambientais. O Brasil é um dos países mais ricos do mundo em Capital Natural, que a cada dia vale mais para a nossa sobrevivência como espécie. Por essa e outras características, temos o potencial para sermos protagonistas na construção de uma Economia Regenerativa, que adiciona mais do que extrai para o planeta”, pontua.