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Vendas na Black Friday aumentam e se aproximam dos números no Natal

Foto: Pixel-Shot/AdobeStock

O varejo costuma ser o mercado mais movimentado durante o Natal, sobretudo nas lojas físicas. Por ser uma época tradicional, inclusive para a compra de produtos, acaba movimentando as vendas de uma maneira única. No entanto, a época da Black Friday tem buscado diminuir esse domínio, com foco no e-commerce. Esse período de descontos criado nos Estados Unidos tem conseguido crescer nos últimos anos, mas ainda falta alguma margem para ultrapassar as vendas natalinas. Uma boa notícia para o comércio, pois é mais uma data com potencial de lucro.

Nos últimos seis anos, segundo levantamento feito pelo blog Betway Insider, as vendas de Natal movimentaram cerca de R$ 68 bilhões na economia brasileira via e-commerce. Um número que poderia ser até maior, se não fosse a crise que atingiu o país em 2020. Enquanto isso, a Black Friday registrou, no mesmo período, um pouco mais de R$ 20 bilhões. Uma diferença grande, mas que diminuiu com o tempo. Um dos motivos é o foco no varejo 100% online nas ofertas em novembro.

As vendas natalinas ainda são focadas no comércio físico, onde o faturamento consegue ultrapassar a barreira dos R$ 200 bilhões. A Black Friday fica nos R$ 12 bilhões, gerando uma diferença ainda maior que mostra como o período de Natal ainda é o mais forte. Porém, é preciso reconhecer o crescimento dessa época nova de desconto, principalmente pelo crescimento registrado todos os anos. O desafio é manter isso, e tirar o foco total das vendas online. O comércio tradicional ainda possui muita força na rotina dos brasileiros, e deve ser foco ainda.

Essa disputa é interessante, e mostra como existe mudança no varejo. A Black Friday é uma época de vendas criada recentemente no Brasil, importada diretamente dos Estados Unidos. O objetivo é fomentar a movimentação econômica no final do ano, quando as pessoas recebem o 13° salário e costumam ter maior poder de compra. Porém, para conseguir chegar perto dos números do Natal, esse novo período de descontos vai precisar criar um laço emocional. Algo que não vai acontecer de um dia para o outro.

De olho nas vendas

Todos esses números são acompanhados de perto pelos próprios comerciantes. Em entrevista para a equipe da Betway, site de blackjack online (21 online), Juliano Mortari, CEO da VarejOline, explicou como o mercado tem visto as duas épocas. “Para o nosso segmento, em que o foco é a Moda, o Natal ainda é a data mais lucrativa, mas a Black Friday vem dando passos largos”. A compra de roupas é a mais forte nos dois períodos, então é possível entender a visão de Mortari.

Na Black Friday, por exemplo, cerca de 44% dos consumidores afirmam que vão gastar com roupas e acessórios. Uma porcentagem que supera outros produtos populares, como smartphones, apenas 39%, e produtos eletrônicos, 40%. Enquanto isso, no Natal, as roupas e os sapatos representam 61% dos compradores. Os tradicionais brinquedos ficam com apenas 37%. Ou seja, as pessoas aproveitam esses dois períodos para comprar camisas, saias, calças e outros produtos desta categoria. Um comportamento esperado do brasileiro.

A disputa aqui fica pela força do mundo online, onde a Black Friday não para de crescer. Os especialistas na área estão de olho nisso e investem. O uso do marketing digital tem sido essencial para esse movimento, inclusive com emails e promoções diretamente nas redes sociais. O Natal ainda usa a força da tradição da época, mostrando que o lado cultural ainda faz muita diferença em 2022.

Comércio em SC

Todos esses são números nacionais, mas as vendas em Santa Catarina seguem o mesmo padrão. O crescimento da Black Friday aqui é evidente, inclusive com mais gastos por pessoa. No ano passado, a média de intenção de gasto nas compras era de quase R$ 660. Em 2022, a expectativa do comércio é que supere os R$ 1 mil. Ou seja, um crescimento de 41,7%, ajustando com a inflação do período.

As vendas de Natal também devem continuar altas, pois o feriado é muito tradicional entre os catarinenses, sobretudo para compra no varejo. Ou seja, são épocas que vão continuar com vendas positivas. Uma boa notícia para a economia do país, pois compras natalinas ou na Black Friday movimentam o mercado de qualquer maneira.

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